Produtores de milho do Brasil, Argentina e EUA trabalham em conjunto para livre comércio de alimentos

Produtores de milho do Brasil, Argentina e EUA trabalham em conjunto para livre comércio de alimentos

Da Assessoria

Produtores de milho do Brasil, Argentina e Estados Unidos trabalharam em conjunto em defesa do acesso dos agricultores à tecnologia e inovação, em especial à biotecnologia, durante reunião técnica entre embaixadores dos três países e representantes da Aliança Internacional do Milho (Maizall), na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, nesta semana.

Os representantes dos países também sinalizaram que pretendem colaborar com a Aliança nas ações contra barreiras que impeçam o livre comércio de alimentos do bloco com o restante do mundo.

“Os três países possuem uma cultura em comum no sistema produtivo, com uso de biotecnologia. Por isso, explicamos para os outros países porque produzimos assim, para derrubarmos travas que o mercado nos coloca”, indica Federico Zerboni, presidente da Maizall.

Genebra

Líderes da Maizall integraram missão na Europa, entre dias 2 e 6, e participaram de encontros com a equipe técnica da OMC, na sede da entidade, para falar sobre segurança alimentar, entre outros temas. Também tiveram uma rodada de reuniões individuais com dez países-membros da Organização, entre eles Ucrânia, Austrália, Coreia do Sul, Paraguai e Canadá. O objetivo é compartilhar conhecimento, informações, inovações tecnológicas além de abordar as questões das restrições comerciais em relação à inovação agrícola.

Bernhard Kiep, representante da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), conta que alguns países ainda defendem uma agenda anterior à guerra da Ucrânia e que não estão alertas para questões urgentes de segurança alimentar. “Ficou claro que estão desconectados da realidade e que esta é uma oportunidade muito boa para defendermos nosso sistema produtivo”.

Coordenador da Maizall, Benno van der Laan avalia que os encontros foram produtivos, pois representantes dos países que participaram das reuniões bilaterais foram receptivos às propostas da Aliança. “Foi uma agenda bem cheia, positiva e construtiva. Todos agradeceram as informações que nossos produtores trouxeram”.

Paris

A delegação da Maizall também participou em Paris, na França, de reuniões com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e de um workshop com a associação francesa de produtores de milho. Em visita técnica a uma fazenda experimental francesa, trocaram informações sobre a aplicação da tecnologia no sistema produtivo.

“O pessoal técnico que coordena a fazenda e faz os experimentos é receptivo à tecnologia. Eles percebem que a inovação faz diferença nos resultados da produtividade e que biotecnologia também representa segurança alimentar”, explica Paulo Bertolini, diretor financeiro Abramilho.

A Maizall
A Maizall é uma aliança entre associações de produtores de milho da Argentina, Brasil e os Estados Unidos, países que cultivam 50% de todo o milho do mundo e 70% do excedente exportável do planeta.
Pelo Brasil, participa da aliança a Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho). Dos Estados Unidos são duas associações: a The U.S. Grains Council e a National Corn Growers Association (NCGA). Quem representa a Argentina é a Associaón Maíz y Sorgo Argentino (Maizar).
Integraram a missão em Genebra e Paris, o presidente da Maizall Federico Zerboni, e os integrantes da entidade, Manuel Ron, John Linder, Darren Armstrong, Paulo Bertolini e Bernhard Kiep.

Redação Página 1

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