Protesto nas rodovias ganha adesão de comerciantes e populares em frente aos quartéis
Da Redação
Logo após o presidente Jair Bolsonaro (PL) fazer o discurso mais aguardado, desde que o resultado das urnas do segundo turno deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esperava-se que o movimento que bloqueia as principais rodovias brasileiras com caminhões e até em alguns lugares com tratores, se esvaziasse. Em vez disso, ganhou nas cidades novos apoiadores que se manifestam em frente aos quartéis do exército.
Em Castro, na terça-feira (1°), mais de 50 lojistas fecharam seus comércios a partir do meio-dia e foram para a frente do portão principal do 5° Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, e de lá para o movimento que se concentra no Km 290 da PR-151, próximo ao Restaurante Beira Rio.
Na manhã de quarta-feira (2), esses mesmos comerciantes voltaram a se reunir no portão principal do quartel, desta vez com uma multidão ainda maior de apoiadores das cidades de Carambeí, Tibagi, Piraí do Sul e Arapoti. Em outras cidades, bolsonaristas e contrários ao governo petista também se aglomeraram próximo as unidades militares do exército, como na frente da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, na Praça Marechal Floriano, em Ponta Grossa, pedindo a intervenção do exército e cantando o Hino Nacional Brasileiro.
De acordo com um dos organizadores do movimento em frente ao 5º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, Renan Koike, “o apelo é para que as forças armadas intervenham, com apoio do povo, para que restabeleça a ordem no país”. Koike diz que houve uma série de abusos a começar por “possível fraude eleitoral, manipulação dos resultados das urnas, relacionados a pessoas que tinham o seu voto computado quando foram exercer o direito de votar, como também a não inserções de rádio”.
Koke disse ser difícil estimar a quantidade de pessoas em frente ao quartel de Castro nesta quarta-feira, mas destacou que a multidão é grande, e está sendo realizado um manifesto, por escrito, que já reúne mais de mil assinaturas, que será entregue ao comando do exército, só não explicou se será ao comandante do 5°Esquadrão de Cavalaria Mecanizado.
A reportagem do Página Um News entrou em contato com um militar e alta patente do exército na terça-feira (1°), em Brasília, o qual respondeu que “até quinta-feira, tudo irá se acalmar. As Forças Armadas não farão nada, não há motivos, tem que dar tempo ao tempo”.
No movimento que se concentra em frente a unidade militar, tanto a Polícia Militar, quanto a Guarda Municipal, assistem pacificamente.
