Instituto Cristão / Mackenzie apresenta projetos de inovação e busca parceiros

Instituto Cristão / Mackenzie apresenta projetos de inovação e busca parceiros

Da Redação

O Colégio Instituto Cristão (IC) / Mackenzie apresentou na manhã de sábado (25), logo após uma café em sua sede em Castro, projetos inovadores para 2022 e 2023.

A abertura e boas-vindas coube ao diretor-geral do IC, Manoel Martins, que ao final das explanações, também falou de investimentos em infraestrutura que o IC vem desenvolvendo.

Dando prosseguimento a manhã, Marcelo Barreto, Tutor Conselheiro da Associação do Instituto Cristão – AIC, promoveu minutos de Meditação e Oração, e falou sobre o plano de reestruturação do IC, logo após Carlos Bufon, diretor de Educação do Instituto Presbiteriano Mackenzie, apresentar um vídeo institucional do próprio Mackenzie. Bruno Romano, professor e diretor pedagógico do IC, detalhou alguns projetos pedagógicos, como o curso técnico em agronegócio, a ser implantado no ano que vem.
Em entrevista ao Página Um News, Manoel Martins avaliou o encontro como “impar”, pois foi possível mostrar o que o Instituto Cristão está fazendo no que tange a renovação da sua infraestrutura de ensino, lembrando que esse encontro com o empresariado foi para apresentar um projeto de inovação e trazer parceiros.

Marcelo Barreto

“Um encontro importante onde nós sabemos que não construímos nada sozinho. Todo esse processo de inovação é trabalhado no sistema ‘ganha ganha’, onde o Mackenzie vem com investimento pesado de infraestrutura eficiente, atendendo as demandas das empresas, que se tornam importantes parceiras, porque como instituição de ensino precisamos de parceiros que tragam suas tecnologias para cá, para nós sermos polo de difusão de tecnologias”, disse Manoel.

Segundo o diretor-geral, “o plano de reestruturação do IC começou em novembro do ano passado, quando a nova diretoria do Mackenzie veio para Castro para entender o que é o Instituto Cristão. O Mackenzie enxergou no Instituto como uma grande oportunidade que não conhecíamos e agora estamos conhecendo”.

Janeiro começou a ser desenvolvido os primeiros projetos de reestruturação e até 2023 acontece a execução da primeira fase. Essa primeira fase irá começar com a reestruturação de algumas unidades produtivas, a suinocultura, leiteria, a construção de laboratórios de unidade de produção de leitões, de terminação na área de suinocultura e mecanização. “Temos um laboratório já investido e em operação que atende a curso técnico e ensino médio”, enfatizou Manoel.

Condomínio de empresas seria uma segunda fase – estruturar as empresas dentro do IC – e na terceira já se começaria a pensar em faculdade, descreveu Manoel.

Hoje o IC possui cem alunos, 70% cursam o ensino médio, comitantemente com o curso técnico, e ano que vem será aberta 40 vagas em alojamentos.

Bufon

Outro entrevistado pelo Página Um News, Carlos Bufon disse que existe um plano escalonado que “nessa primeira fase que é 2022, consideramos o diagnóstico, tanto interno, quanto externo. E o externo é entender o que a região precisa, quais os anseios das comunidades, da Castrolanda, das empresas da região, no que tange mão de obra, linhas de pesquisa, linhas de estudo. Fizemos um plano emergencial de reestruturação mais contingencial, que é melhorar a segurança do Campus, melhorar a infraestrutura para os alunos, a acessibilidade, e preparamos o plano que será executado no segundo semestre deste ano, em agosto, que consiste em três grandes eixos. A ideia de implementar o cooperativismo, inclusive já estamos na fase de aprovação do curso técnico em agronegócio, de um ano e meio; e mexer na infraestrutura local, começando os projetos executivos para a nova área de maquinário, estruturar a leiteria, todas as questões internas de infraestrutura. Até lá, com essas ações, esperamos ter laboratórios novos e estruturados, um currículo pedagógico que atenda o ensino médio, forte e competitivo, um curso de agricultura e um de agronegócio. Já teremos um perfil de pesquisa e inovação em parceria com a região”.

Carlos Bufon

Ao ser desenhado esse ecossistema local, Bufon diz que “ele será conectado aos outros ecossistemas de pesquisa do Mackenzie, que são os de tecnologia exponenciais, como nano tecnologia, biotecnologia e ciência de dados, e com a área de saúde. Iremos se interconectar, Castro irá virar um hub de agricultura e com ele trazer todas as iniciativas de agricultura; e dentro desse hub, se conectar com os outros hub do Mackenzie de inovação e empreendedorismo, que é saúde e tecnologia exponenciais”.

Quanto a investimentos, Bufon não quis falar de montantes, e justificou, acrescentando que “está se trabalhando demandas escalonadas, e como se está sendo construindo junto, vamos olhar as demandas, mensurar, aprovar esses investimentos escalonados e executando. Trabalhamos um conceito que se chama CDR – Confiabilidade, Desenvolvimento e Resultado. Cada ciclo a gente analisa. A gente vai fazendo e estruturando. Temos um plano externo que é fazer um hotel que é para receber pesquisadores, receber alunos de outras regiões, mas agora são os laboratórios”.

Ao ser perguntado se o Mackenzie não pensa em faculdade, Bufon respondeu que a faculdade é um sonho, mas a necessidade de se estruturar a vocação original desse local, e tendo bons laboratórios, um bom curso técnico, o ecossistema de pesquisa, inovação incorporado, uma unidade de ensino superior que é o expertise do Mackenzie, é natural a faculdade, a gente só não promete porque a gente pretende surpreender do que frustrar. Hoje nossa leitura é investir em um bom curso de agricultura e pecuária, um bom curso de agronegócio que está na raiz do colégio”.

Quanto ao envolvimento do IC com a comunidade, Bufon destacou que “a comunidade é a primeira que se beneficia com as ações e nós somos os primeiros que nos beneficiamos com o envolvimento com a sociedade. Nós preparamos os alunos para a comunidade e o primeiro impacto que a gente causa é no ambiente local”, finalizou.

Quem também falou ao Página Um News foi o conselheiro do Mackenzie, Marcelo Barreto, que explicou a sua função de tutor junto ao Instituto Cristão. Ele disse que o “Mackenzie possui uma alta tradição, mas não no agro”. Que ele foi convidado para fazer parte do conselho deliberativo, por causa das sua experiência, como chamar o produtor, fazer parcerias, e dar esse suporte mais executivo. Para Barreto “a visão do produtor é a nossa”.
Perguntado como ele vê o IC dentro desse cenário todo, o conselheiro respondeu que “é um desafio grande, porque é inovador, não tem modelo para copiar; é grande porque já estamos em uma região de alta tecnologia; economicamente ele é elevado, e temos que voltar as nossas unidades de produção, e com certeza não conseguiremos fazer sozinho dentro do projeto que pretendemos. O que colocamos aqui é um conceito passo a passo, e para o ano que vem vamos implantar mais projetos”, concluiu.

Participantes

Participaram do encontro o presidente da Cooperativa Castrolanda, Willem Berend Bouwman; um dos diretores do Grupo Calpar, Marcos Bertolini; além do gerente-geral do Banco do Brasil em Castro, Nilson Assis Domingues de Arruda; vereador Rafael Rabbers, representantes das empresas Cargill, Stara, entre outros.

Redação Página 1

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