Instituto Cristão comemora 107 anos com feira de ciências e olhando cada vez mais para o futuro

Instituto Cristão comemora 107 anos com feira de ciências e olhando cada vez mais para o futuro

Matheus de Lara

Com a realização da Feira de Ciências, Cultura e Tecnologia, o Instituto Cristão, que também é sede da Mackenzie em Castro, lançou sua primeira edição da ExpoIC, nesta sexta-feira (14). Além disso, também está sendo resgatada a realização do Dia do IC, que era celebrado em anos anteriores. O evento conta com ex-alunos que estão participando do evento que será realizado até esse sábado (15). Já houve culto de ação de graças e haverá durante o último dia de evento apresentações de grupos folclóricos holandês e alemão, além de homenagens.

A reportagem do Página Um News esteve no IC. Em conversa com o diretor pedagógico do colégio, Bruno Romano, ele descreveu que o evento tem a importância de valorizar a herança dos ex-alunos que viveram e moraram no instituto. “Eles estão vindo aqui e estão vendo que estamos honrando a memória deles. A maior parte deles virão amanhã (sábado), mas hoje já tem alguns visitando. É um evento que junta passado, presente e futuro, honrando alunos antigos, valorizando e atribuindo uma função de trabalho para os alunos atuais e divulgando o colégio para alunos novos”.

Conforme Bruno, “o colégio está fazendo 107 anos e não é toda instituição educacional que tem o privilégio de celebrar mais de 100 anos. Além disso, outro objetivo é fazer a divulgação do colégio atual. Estamos aproveitando o aniversário para fazer uma mostra de como a instituição está atualmente. Outro objetivo é aproveitar o evento e promover o encontro de ex-alunos. Nasceu do aniversário do colégio, do Dia do IC e da preocupação do colégio em valorizar o passado e preparar o futuro, que juntou todas essas dimensões no mesmo evento”. No dia do aniversário, se espera que mais de 250 pessoas prestigiem os 107 anos do colégio.

Atualmente são 90 alunos no instituto em período integral. “Ano que vem, se tudo ocorrer certo, vão ser reabertos os alojamentos. Não está definido ainda, mas estamos em estudos bem avançados para reabrir”, explica Bruno.

Atividades

De acordo com o diretor pedagógico, “hoje temos as exposições nos estandes, são 26 grupos que estão apresentando projetos preparados pelos alunos com orientação dos professores. Não é qualquer projeto que geralmente em feiras de ciências a gente vê maquete, vulcãozinho e aeroporto, e tal, aqui a feira do IC é um nível acima, porque o colégio é técnico preparatório, então ele tem uma vertente prática que corre no sangue e isso se expressa, e se vê nos projetos como o de biodigestor, bomba carneiro (sem qualquer uso de tipo de energia), ou seja, foram construídos projetos que exigiram muito do domínio prático dos alunos para poder funcionar”.

Além das apresentações folclóricas, haverá homenagens a professores, ex-alunos e ex-funcionários. “Vamos homenagear dois ex-funcionários que trabalharam por quase 40 anos no instituto, praticamente a imagem deles se confundem com a imagem do próprio instituto, e quem foi ex-aluno dessa época associa o colégio imediatamente a essas duas pessoas, que é a professora Maria Antonieta Gonzaga Teixeira e o professor Romildo. Vamos homenagear, com lembrancinhas no auditório. Também haverá o culto de ação de graças conduzido pelo pastor Issac Yuri e pregação do reverendo Nelson Gonçalves”, explica Bruno.

Feira de Ciências

O diretor Manoel Martins também conversou com a reportagem e falou um pouco sobre a feira. Manoel descreveu que “tem uma história interessante que a primeira feira de ciência que teve no instituto aconteceu em 1980. Foram seis edições e a última foi em 1990, e hoje estamos tendo a oportunidade de reabrir essa feira. Esperamos que ela aconteça todos os anos a partir de agora, porque é um momento ímpar na vida dos alunos, e podemos ver em cada experimento que eles fizeram em cada trabalho, o valor deles, entre aspas, em colocar a mão na massa […]. A feira é muito importante não só para mostrar o nosso trabalho como educadores, mas também para incentivar esses alunos a buscar o conhecimento, e isso vai ficar marcado para o resto da vida deles”.

“Dentro das exposições, temos o experimento de uma grua que trabalha com magnetismo para fazer movimentação de metais pesados; também tivemos a apresentação de toda a história do Brasil; e outro trabalho de motores a combustão (motor elétrico V8) onde os alunos explicam as vantagens e desvantagens. Além disso, entre as exposições, temos o experimento que é o gerador de Van de Graaff que trabalha com campo elétrico. Então, podemos notar a complexidade desse experimento e a dedicação que os alunos precisaram para poder fazer isso aqui funcionar. É muito importante essa atividade para eles, onde conseguem ver na prática aquilo que eles estão aprendendo na teoria, onde envolve física, química, biologia, ciências humanas, em todos os aspectos que podem demonstrar na prática”, ressaltou Manoel.

Entre as exposições, a instituição também apresenta a experiência de reação exotérmicas, ou seja, que libera o calor sobre o processo, e também o público poderá acompanhar a destilação do álcool com a cana de açúcar.

Ex-aluno

Gerhard Jacobi que atualmente mora na cidade de Araucária, entrou na instituição no ano de 1965, “quando o colégio fez 50 anos de fundação. Entrei no 1° ano do ginásio que hoje é fundamental dois. Terminei o ginásio e ingressei no curso técnico agrícola em 1969 e completei em 1971, portanto foram sete anos que estive aqui”. Quanto a reconhecer alguns pontos da instituição, disse que “muita coisa eu reconheço, mas mudou bastante e no meu tempo não tinha a estrada rebaixada. Além disso, a cor da secretaria também era branca e hoje é azul, e isso é uma cor bem forte, mas reconheço bastante coisa e outros pontos que desapareceram, como de uma cobertura e várias casas que tinha, sinto falta disso quando você volta ao local que estudou”.

Para Gerhard, ele voltava para a casa apenas no final de semana pois sua família era de Carambeí. Sobre passar de geração em geração, trouxe seu filho João que poderá estudar na instituição. “Estamos vendo se ele gosta, e no momento ele está terminado o 9° ano do fundamental, depois que mostrou interesse na parte agrícola. Já vimos outros colégios, mas estamos olhando e vendo a possibilidade, se ele poderá estudar na instituição”.

Livro

O autor do livro ‘Notas em Cartoon’, comemorativo aos 100 anos do Instituto Cristão, Paulo Victor Niederauer esteva presente na primeira edição da ExpoIC. Ex-aluno do colégio, aponta que desejou voltar muito tempo depois para buscar alguns registros técnicos para compor a obra. Em relação aos 107 anos, descreveu que é muito gratificante a história da instituição alcançar cada vez mais novos alunos.

Fotos: Divulgação / Daiane Taborda

Redação Página 1

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