Parque Histórico é o mais visitado da região
Emerson Teixeira
Carambeí – O dia 4 de abril marcou as comemorações da chegada dos primeiros imigrantes holandeses a Carambeí em 1911. De lá para cá tem muito para ser comemorado, principalmente no setor agropecuário com números que impressionam pela alta produtividade das propriedades dos descendentes holandeses que alçou Carambeí ao posto de maior produtor de leite do Brasil.
Os números expressivos migraram do campo para o turismo através do maior museu a céu aberto do Brasil, o Parque Histórico de Carambeí, que em 2022 atraiu mais de 141 mil visitantes, o dobro do número de pessoas que passaram pelo Parque Vila Velha, em Ponta Grossa, que contabilizou 71 mil.
O parque de Carambeí segue o ritmo da retomada do crescimento do número de visitantes no período de pré-pandemia em 2019, conforme levantamento da Secretaria do Turismo do Paraná. Segundo o Boletim de Dados Turísticos de 2023 da Secretaria de Estado que traz um levantamento com o número de visitantes nos principais atrativos turísticos do estado nos últimos quatro anos, o empreendimento de Carambeí fica atrás apenas de destinos turísticos com fama internacional, como é o caso de Foz do Iguaçu e Curitiba.
Ranking
O Parque Nacional do Iguaçu é o principal atrativo do Paraná, com 1.434.308 visitantes. O segundo atrativo com maior número de visitantes em 2022 também é de Foz: o Parque das Aves registrou a presença de 693.833 pessoas. Em seguida, aparece a Linha Turismo de Curitiba, com 656.554 passageiros.
Na sequência, no ranking de 2022, aparecem Itaipu Binacional (418.819 turistas), Marco das Três Fronteiras (421.559), Museu Oscar Niemeyer (358.970), o levantamento do Governo do Estado não considerou os visitantes do Parque Histórico e coloca a Torre Panorâmica de Curitiba com 82.912 na sequência do ranking. Dessa forma o PHC está atrás do número de visitantes do Oscar Niemeyer e a frente do parque da vizinha Ponta Grossa.
Parque Histórico
A historiadora e coordenadora cultural do Parque Histórico de Carambeí, Karen Barros, aponta que existem várias razões pelas quais as pessoas visitam museus. “Algumas delas incluem o interesse na história e cultura da região. Cada indivíduo possui interesses próprios, que podem variar de acordo com sua idade, gênero, formação acadêmica e cultural, entre outros fatores. Alguns visitantes podem querer ver peças específicas, exposições temporárias ou novas aquisições do museu, enquanto outros simplesmente têm curiosidade e desejam explorar novas experiências. Este ano, tivemos um número bastante expressivo de 141 mil visitantes, demonstrando grande circulação no ambiente museal. Nosso museu é um local de encontro e socialização, e temos uma agenda cultural bastante movimentada ao longo do ano, com o objetivo de atrair o público para as diversas atividades que oferecemos. Além disso, o Parque Histórico é um ponto turístico que faz parte de uma rota voltada para a difusão da cultura dos imigrantes”, explica.
Ela ressalta que o Parque Historico teve mais de 39 mil visitas gratuitas, que foram incentivadas pela política de democratização do acesso em determinados períodos do ano, e pela experiência única de ser um museu histórico a céu aberto, diferente dos lugares tradicionais de memória. “Além disso, a paisagem e a estética do Parque Histórico são muito atraentes e ajudam a atrair os visitantes”, frisa.
Já Vitória Reis, mediadora no Parque Histórico de Carambeí e acadêmica de turismo da UEPG, aponta que na maioria dos casos, os turistas possuem uma motivação para escolher o destino da viagem. “Os turistas visitam os atrativos culturais pela motivação de conhecer a cultura local que esses espaços preservam, esse fato faz com que a visitação seja maior que um atrativo natural onde a única motivação é lazer. Podemos dar exemplo o caso do Parque Histórico de Carambeí que atualmente é o atrativo mais visitado nos Campos Gerais”, disse.
