Morte de criança no Hospital Evangélico acende alerta para cuidados com líquidos fervidos

Morte de criança no Hospital Evangélico acende alerta para cuidados com líquidos fervidos

Da Redação

Ponta Grossa – A morte do ponta-grossense Mikael Icaro Volf Duarte, de apenas 6 anos, ocorrida na quarta-feira (14), acende o alerta sobre os riscos de exposição à agua e demais líquidos ferventes.

Mikael, morador de Ponta Grossa, havia tido complicações com queimaduras durante o preparo de macarrão instantâneo. Como derrubou o utensílio sobre o corpo, o líquido contido nele o atingiu, causando lesões.

Apesar de ter reagido bem ao tratamento, teve complicações e acabou falecendo no Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, local especializado em tratamento de queimaduras no estado.
Alerta

Estudo feito pela Unidade de Tratamento de Queimados, da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), mostrou que a maior ocorrência de queimaduras acontece em crianças com até dois anos de idade, sendo a escaldadura a causa mais frequente de queimadura. Nas crianças entre 5 e 13 anos, a causa mais comum é a combustão por álcool. Outro dado que chama a atenção é que 68,4% dos acidentes ocorreram com meninos.

Segundo o cirurgião plástico, Dr. Luiz Molina, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras e professor assistente da disciplina de Cirurgia Plástica do HC-FMUSP, a queimadura é lesão provocada por contato direto com alguma fonte de calor ou de frio, produtos químicos, eletricidade, radiação, animais ou plantas (lagartas, água-viva, etc.).

“Entretanto, no dia a dia o mais comum são crianças que acidentalmente tiveram contato com água ou outro líquido fervente, principalmente na cozinha. Infelizmente, as queimaduras são a quarta causa de óbito e hospitalização por acidente de crianças e adolescentes menores que 14 anos. Além do risco de morte, as queimaduras costumam deixar cicatrizes que duram toda a vida e têm um enorme impacto social e emocional”, descreve Dr. Molina.

Quanto mais profunda a lesão, maior o risco de cicatriz.
As queimaduras podem ser de primeiro, segundo e terceiro graus. Essa classificação vai depender de quão profunda foi a lesão. “A mais grave é a de terceiro grau, que atinge todas as camadas da pele, podendo chegar até ao osso”, explica o especialista.  As cicatrizes estão diretamente relacionadas com a profundidade da lesão.

*Com Assessoria

*Foto/divulgação

Redação Página 1

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