4 de Abril: 112 anos da Imigração Holandesa nos Campos Gerais

4 de Abril: 112 anos da Imigração Holandesa nos Campos Gerais

Emerson Teixeira

Carambeí – O 4 de abril é celebrado no município como o dia da chegada dos primeiros imigrantes holandeses em Carambeí. Em 2023 são comemorados 112 anos de imigração de uma história marcada por muitas dificuldades no início que foram superadas e hoje trilham um caminho de progresso e desenvolvimento.

Durante oito anos a data foi considerada feriado municipal, instituído pelo ex-prefeito Osmar Rickli, em 2005, através da lei municipal 374, alusivo ao aniversário do município. Em 2013 o então prefeito municipal Osmar Blum alterou a data e retornou o feriado municipal para o dia 13 de dezembro, em que se comemora a emancipação política administrativa de Carambeí.

Polêmicas à parte, em relação às datas de feriados municipais o que se pode observar é o histórico de trabalho dos imigrantes que reflete na economia pujante de um dos municípios que mais crescem na região.  Um exemplo disso é a Frísia Cooperativa Agroindustrial que emprega em torno de 1,2 mil funcionários na matriz e nas 12 unidades do Paraná e no estado de Tocantins, onde possui duas unidades nos municípios de Dois Irmãos do Tocantins e Paraíso do Tocantins, que levaram a cooperativa alcançar, em 2022, R$ 7,058 bilhões de faturamento.

O parque industrial que hoje abriga gigantes do setor alimentício – BRF, JBS/Seara e a multinacional francesa Lactalis – é o resultado do fatiamento da histórica Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda (CCLPL), que deu origem ao produtos da famosa marca da holandesinha Batavo.

Legado

Reflexo de uma mobilização nacional que envolveu poder público e privado e que culminou no Ano da Holanda no Brasil, durante as comemorações do Centenário da Imigração Holandesa, e na construção do Parque Histórico, que preserva a história que iniciou em 4 de abril de 1911 e serve como um canal de difusão da memória dos imigrantes holandeses.

A turismóloga Fernanda Rodrigues, que atua como mediadora no Parque Histórico de Carambeí, afirma que trabalhar a memória de um povo unido ao turismo fortalece a economia local e perpetua a herança cultural. “No início o intuito foi construir um espaço para manter viva a história dos imigrantes, em pouco tempo o museu se tornou uma grande oferta turística da cultura da cidade. Em 2022 mais de 141 mil pessoas visitaram o espaço museal e conheceram a história da imigração”.

A motivação de cada visitante é distinta: alguns buscam lazer, outros uma experiência gastronômica e, durante o passeio, as expectativas se transformam em turismo cultural. “Muitos chegam atraídos pelas belas fotos publicadas nas redes sociais, cenários encantadores, paisagens holandesas no Paraná. Esse público descobre que está em um museu durante a visita, saem daqui encantados ao conhecer cultura e história dos imigrantes”, conta Rodrigues.

Redação Página 1

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