Intercâmbio na Holanda oferece oportunidade para estudantes da área agrícola

Na foto uma ex-intercambista da CAEP

Matheus de Lara

Viajar e conhecer uma cultura diferente é o sonho de qualquer pessoa. Para estudantes, entre 19 e 26 anos, que moram em Castro e região, e que atualmente estão cursando ensino superior em Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Engenharia Agrícola, Agronegócio, Florestal e áreas afins, a oportunidade pode chegar através do Intercâmbio Agrícola na Holanda, que ainda oferece remuneração. O programa da Associação Cultural Brasil-Holanda (ACBH) tem parceria da Communicating for Agriculture Education Program (CAEP), que é uma empresa internacional especializada no ramo agrícola, que promove o conhecimento no agronegócio, com inovação, práticas de gestão, entre outros aspectos do setor, para que os intercambistas se especializem no exterior.

A reportagem do Página Um News conversou com a coordenadora do departamento Global Integration da Associação Cultural Brasil-Holanda, Marina van der Vinne, que faz parte do programa. Para participar, além do estudante ter experiência e interesse na área, ele precisa ter boa comunicação em inglês, estar matriculado em uma instituição de ensino agrícola, e para quem é graduado precisa ter no máximo dois anos de formação. A duração do intercâmbio é de três a seis meses. Sobre quando será o intercâmbio, Marina explica que “não é um programa fixo ou em grupo, vai de acordo com o período que o estudante escolhe, e junto com o consultor tem toda uma preparação com antecedência de verificar onde se encaixa, conforme as áreas e o período de trabalho no campo disponíveis na Holanda, que não incluem o inverno”, disse Marina. A coordenadora completa que por causa do inverno na Holanda, o programa deve ser concluído até novembro de cada ano.

Nos meses que o estudante estiver na Holanda, ele vai ganhar uma remuneração de € 95, o que equivale a R$ 528,99 por semana e mais acomodação e alimentação. A carga horária de trabalho será em média de 40 horas semanais, com áreas disponíveis no ramo de floricultura, fruticultura, olericultura, viveiros e gado leiteiro. Marina detalha que o intercâmbio é um estágio prático em propriedade rural e que não é em instituições. “Eles trabalham por exemplo, com produção de flores, um produtor de leite, uma chácara com diversas atividades, produção de mudas, também é interessante a produção de verduras em sistema de estufas. O intercambista faz as atividades normais do dia a dia e pode também ter visitas, participação em feiras ou atividades que interessam a atividade”, complementa.

Marina também explica que há muitas formas de fazer intercâmbio no exterior, também para outras graduações, como ensino médio através de agências, cursos específicos de idiomas e estágios práticos, cada um em formato diferente, de acordo com que o jovem escolher. Sobre a importância do intercâmbio agrícola para estudantes universitários, a coordenadora destaca que “em nossa região a atividade agropecuária e cooperativista valoriza a expansão do conhecimento, e os jovens têm muito a ganhar pessoalmente e para seu currículo, quando conhecem novos horizontes”.

ACBH

ACBH tem como objetivo estimular os jovens a terem contato com a cultura holandesa. Além disso, a associação mantém, com o apoio das Cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal (Unium), e o departamento Global Integration promove a divulgação da cultura holandesa e a integração por meio de experiências internacionais em forma de intercâmbios estudantis e programas de estágios, assim como outras trocas culturais Brasil-Holanda.

A ACBH também disponibiliza o curso de holandês do Albert Slofstra para falantes de português do Brasil.

Mais informações sobre o programa pode ser acessado no seguinte link, https://www.acbh.com.br/

Foto: Divulgação