Polícia Civil elucida caso de triplo homicídio em Ponta Grossa
Da Redação
Ponta Grossa – Foi concluída pela Polícia Civil de Ponta Grossa, na quarta-feira (3), a investigação do triplo homicídio registrado na madrugada do dia 29 de novembro de 2020, no bairro Cará-Cará, quando Lucas Edim Seliger Cunha, Ronaldo Rodrigues e Emerson Carlos Ribeiro foram mortos. O crime aconteceu após um veículo atropelar uma das pessoas e, em seguida, dois dos ocupantes do carro, motorista e carona, iniciarem uma discussão com as pessoas em volta.
Segundo a polícia, durante a discussão um dos presentes teria arremessado uma pedra no veículo do atropelador. Motorista e carona embarcaram no carro, e sairam do local. Minutos depois, ambos retornaram armados de pistola e realizaram inúmeros disparos em direção aos três homens.
Durante as investigações, os autores, com diversas passagens pela polícia, inclusive, pela prática de homicídio, tentativa de homicídio e tráfico de drogas, foram identificados, razão pela qual o delegado de Polícia responsável pelo caso, representou pela prisão preventiva.
Mandado
Na tarde do dia 9 de dezembro de 2020, cumpriu-se mandado de busca e apreensão, contudo, os suspeitos não foram localizados. Inúmeras diligências foram realizadas no intento de localizar e prender os suspeitos.
O veículo utilizado no triplo homicídio foi apreendido em 5 de janeiro, ocasião em que o indivíduo que o conduzia confirmou que teria comprado de um dos envolvidos no crime, inclusive, o veículo apresentava varias compatíveis com os danos provocados por ocasião do crime.
Confronto e prisão
Em 19 de janeiro, policiais militares, em patrulhamento, visualizaram o veículo em questão, ocasião em que os ocupantes, na tentativa de fugir da abordagem, colidiram em um muro de residência, tendo, os três indivíduos, armados, desembarcado do veículo, realizando disparos na equipe policial, que revidou. Um dos indivíduos, que portava revólver calibre 38, foi ferido enquanto os outros fugiram e se embrenharam em mata. O indivíduo atingido foi identificado como sendo um dos envolvidos no triplo homicídio, que motivou sua prisão preventiva. Ele foi encaminhado para casa hospitalar, ficando sob escolta, uma vez que autuado em flagrante, recebendo alta no dia 23 de janeiro.
Na noite do mesmo dia, um dos indivíduos que teria fugido da primeira abordagem, entrou, novamente, em confronto com a polícia militar. Ele teria pulado, armado, o muro da residência, sacando uma arma de fogo e disparando em direção à equipe da polícia militar. O indivíduo teria realizado três disparos, sendo que a policial reagiu e o atingiu. Ele foi identificado como sendo Daniel Lucas Gonçalves, também envolvido no triplo homicídio. Acabou em óbito ainda no local do confronto.
Destaca-se que Daniel e o indivíduo preso possuem inúmeras passagens policiais, pela prática de homicídios, e estão sendo investigados também por uma série de mortes com características de execução.
Identificou-se que ele e o seu comparsa, após o crime, teriam ameaçado testemunhas a fim de não prestarem declarações na Polícia Civil, fato que configura, também, o crime de coação no curso de processo.
As investigações se encerraram com o indiciamento do indivíduo preso preventivamente, pela prática de homicídio qualificado contra três vítimas.
