Corpo da empresária Marlene é encontrado em PG

Corpo da empresária Marlene é encontrado em PG

Ponta Grossa – No início da tarde de sexta-feira (5), logo após o indiciamento dos suspeitos e comunicação dos fatos à imprensa, um corpo foi localizado por um agricultor, próximo da região que foram realizadas as buscas e localizados os demais pertences da empresária Marlene Paula Anácio, de 47 anos.

Por ocasião da localização do corpo, foram acionados os órgãos de segurança pública, dentre os quais Guarda Civil Municipal, Polícias Civil, Militar, Instituto de Criminalística e Instituto Médico-Legal.
Diante do contexto, localização e roupas, o corpo é, possivelmente, de Marlene.

Pela localização dos objetos e do corpo, conclui-se que, primeiramente, o corpo da vítima foi ocultado, em seguida, sua bolsa foi arremessada na plantação e, por último, o seu celular foi destruído e jogado no meio da mata.

Buscas

A Polícia Civil do Paraná, com apoio do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), do Corpo de Bombeiros, realizou buscas na região em que os pertences da empresária Marlene Paula Anácio haviam sido localizados. Em uma região de mata, na mesma localidade, o aparelho celular da empresária foi localizado completamente destruído.

Os suspeitos, assistidos pela defesa, foram interrogados, tendo, ambos, optado por permanecer em silêncio.

Ante o exposto, ambos foram indiciados pela prática de homicídio qualificado para assegurar a impunidade e vantagem de outro crime (do roubo), pela ocultação de cadáver e pelo roubo agravado pelo concurso de agentes e pelo emprego de arma de fogo.

Os indiciados permanecem presos e estão à disposição da Justiça. Desta forma, a Polícia Civil conclui as investigações, permanecendo atenta em relação a qualquer informação que possa ajudar na localização do corpo da vítima.

Relembre o caso

As investigações foram iniciadas assim que a Polícia Civil tomou conhecimento do desaparecimento de Marlene, no dia 17 de dezembro do ano ano passado, por volta das 16 horas.

Após deixar o seu veículo, em um estacionamento na região central da cidade, Marlene embarcou no veículo do casal suspeito e, desde, então, nunca mais fora vista.

Ouviu-se inicialmente os suspeitos, familiares da vítima e, inclusive, um ex-namorado. A versão apresentada pelo casal era de que o encontro se deu para destrocar notebooks em razão de uma suposto negociação, tendo Marlene, nesta ocasião, pedido para que o casal a levasse até o ex-namorado em determinada região da cidade.

Contudo, constatou-se que o encontro nunca aconteceu, mas uma história criada pelos indiciados para atrapalhar as investigações.

Durante as investigação, constatou-se a ocorrência de um roubo ocorrido no final da manhã no mesmo dia do desaparecimento de Marlene, o crime teria ocorrido no bairro Uvaranas. O boletim de ocorrência só foi registrado apenas após a intimação da vítima pela Polícia Civil.

Neste roubo, o casal que estava na residência, foi rendido por assaltantes que queriam exclusivamente um cofre que seria de um parente por afinidade de Marlene.

Uma das vítimas do roubo alegou que os assaltantes o chamaram pelo nome e que Marlene havia mandado mensagem, pouco antes do roubo, perguntando se ele estaria na residência no horário do almoço (horário aproximado do crime). Segundo esta vítima, Marlene, inclusive, era quem guardava o referido cofre antes dele passar a ser guardado na residência em que ele teria sido roubado.

Apurou-se, no curso de investigação, que Marlene e a suspeita eram muito próximas, mantendo contato intenso, inclusive, em datas próximas ao desaparecimento.

No dia do desaparecimento, constatou-se, inclusive, que Marlene esteve na residência dos indiciados, ocasião em que tomou café da manhã e que, possivelmente, mandou a mensagem para a vítima do roubo perguntando se ela estaria na residência no horário de almoço..

Algumas horas depois, o roubo ocorreu. No curso da investigação foram coletadas informações contundentes de que Marlene teria, dias antes, repassado informações privilegiadas para a prática do roubo.

No dia 10 de fevereiro de 2021, os pertences de Marlene foram localizados em uma área rural no Distrito de Uvaia.

Ante todas as evidências, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos suspeitos e, na data de 25 de fevereiro de 2021, cumpriu-se busca na residência do casal suspeito, localizada no Jardim Carvalho, ocasião em que foi dado cumprimento aos mandados de prisão preventiva.

Fotos: Divulgação

Redação Página 1

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