“Paulo Martins é o candidato do Ratinho colocado no PL, essa é a verdade”, afirma Aline Sleutjes

“Paulo Martins é o candidato do Ratinho colocado no PL, essa é a verdade”, afirma Aline Sleutjes

Da Assessoria

A declaração da deputada federal e candidata ao Senado pelo Paraná, Aline Sleutjes, foi feita durante entrevista à Rádio Lagoa Dourada, da Rede T, na manhã desta quarta-feira (31). Ela conta que o apoio do presidente Jair Bolsonaro ao candidato é oriundo “de acordos políticos e acertos de governo”. “Houve essa conjuntura política, onde na verdade o Paulo é o candidato do Ratinho colocado no PL, essa é a verdade. Não preciso mentir, todo mundo sabe. O Paulo é um paulista que veio para Curitiba trabalhar, funcionário do Ratinho, e é um nome que é de consenso dos grupos partidários que apoiam o Governo Estadual”, diz a deputada.

Apesar disso, ela afirma que não perdeu sua base de eleitores, que pediu pela continuidade do trabalho e dos resultados apresentados pela parlamentar. “Quando se olha o Bolsonaro, vê a deputada Aline. Eu trouxe o presidente para Ponta Grossa, Castro e Piraí do Sul. Andei com ele em todos os lugares, sou vice-líder desse governo no Congresso e fui vice-líder do Governo na Câmara. Não vou com Bolsonaro por ocasião, minha fidelidade não tem data de validade. Estou com ele porque acredito nele, sei que é o melhor para o Brasil. E ele falando ‘a Aline é minha candidata’ ou não, as pessoas sabem que fiz um trabalho gigante e faço todos os dias”, afirma.

Conquistas

Aline, que já foi homenageada pela Santa Casa de Ponta Grossa pelos serviços prestados, destinou R$ 1,5 milhão para a Unidade Básica de Saúde do Jardim Panamá e R$ 1,4 milhão para construção da sede própria da Casa da Mulher Brasileira na cidade, conta que atuou em diversas frentes durante seu mandato. “Além do agro, fiz muita coisa. Na área da saúde, social, infraestrutura, educação, enfim, todos os segmentos de onde surgiu problemas a gente levou soluções”.

Hoje, a candidata conta com 300 municípios atendidos por seus recursos. “Acredito que seja a única deputada federal que conseguiu fazer uma base tão grande. Nós temos hoje 200 prefeitos e quase 500 vereadores que nos apoiam. É um time grande”, conta. A forte relação com o agronegócio, especialmente na região dos Campos Gerais, foi abordada durante a entrevista. “Meu pai foi produtor de leite por quarenta anos. Eu nasci, cresci, e vivo na roça. Fiz a opção pelo agro pela história do estado do Paraná, importância na economia brasileira, a situação de Castro, a cidade com maior produção do leite, capital nacional do leite, por minha família toda de produtores. E eu acertei porque o agro não está só lá no campo. Para você que não planta, você come, depende do agro. Hoje com certeza essa identidade me fez ser conhecida não só no Paraná, mas no Brasil, onde palestrei em muitos estados, fiz a Caravana do Leite em seis estados diferentes, estive em missões internacionais”, pondera. O bom trabalho desempenhado rendeu à parlamentar a presidência da Comissão de Agriculta em 2021, tornando-se a primeira mulher da história do Brasil a ocupar o cargo.

Barreiras femininas

Questionada sobre as dificuldades sofridas por ser mulher, Aline relembrou dados referentes à presença das mulheres na política. “Somos 52% da população com 15% de representatividade. Mas não julgo que seja só culpa dos homens, bem pelo contrário. A gente tem que lutar para ter o nosso espaço. Nós somos uma cota de 30% nos partidos, mas não elegemos 30%, isso é muito ruim para as mulheres porque nós teríamos que eleger esse total”, pontua. A deputada, porém, ressalta que tem percebido uma movimentação diferenciada para as eleições de 2022 com mais mulheres. “Estou achando isso incrível porque nunca tive essa oportunidade de ver as mulheres se unindo para aumentar a representatividade. Acredito que teremos uma surpresa esse ano”, conclui.

Senado

“Os nossos senadores, não só deste mandato, deixaram a distância entre o Senado e a população aumentar, se afastaram da realidade do nosso estado, deixaram de participar de reuniões, visitar e atender prefeitos e vereadores. Esse distanciamento atrapalhou bastante porque as pessoas têm uma falsa sensação que senador que nunca vai ter proximidade. O que eu estou fazendo na minha eleição é mostrar o contrário”, pondera Aline.

“Particularmente eu acho que o Senado do Paraná precisa de pessoas que gostem de gente, que ouçam e estejam junto dos prefeitos e vereadores. Eu já provei como deputada federal que gosto disso e vou continuar atendendo. Os meus concorrentes que vão ter que provar isso. Eu passei quatro anos atendendo, ouvindo, participando ativamente da vida dos cidadãos paranaenses. Para mim vai ser uma alegria poder estar no Senado”, conclui.

Sergio Moro

Um dos temas levantados foi a presença do ex-ministro Sergio Moro no pleito ao Senado pelo Paraná. “Acho que a postura que ele adotou como ministro e a situação da traição, da forma como ele saiu do governo, atirando, muito covarde. Até esses dias uma pessoa falou assim ‘se fosse o Moro que tivesse passado por essa situação que a senhora passou, estaria atirando, xingando, ofendendo e a senhora está firme e forte, fazendo campanha, lutando, brigando pelo Bolsonaro. Eu falei ‘claro, eu tenho uma identidade’. Não sou leviana de ficar mudando de lado toda hora. Sou uma pessoa coerente, patriota, conservadora, de direita, o meu candidato é o Bolsonaro, chova ou faça sol nós estamos juntos”, classifica.

Fundo eleitoral

De acordo com a deputada, ela não recebeu fundo eleitoral para a campanha devido a uma cisão interna na direção do PROS. “Quando fui convidada para vir ao PROS, o presidente era o Holanda, conservador, de direita, bolsonarista, patriota. Meu acordo foi todo com ele. Fizemos uma nota oficial do partido que o PROS do Paraná é Bolsonaro e eu tenho independência para fazer campanha para o presidente. A Justiça, aquela mesma que mandou o ex-presidente Eurípedes pagar todo o dinheiro que foi desviado do partido, colocou ele de novo como presidente. E agora, obviamente, o cidadão é de esquerda, apoiador do Lula. Até o momento não mandou um centavo para a minha campanha”, afirma.

No entanto, a parlamentar conta que recebe ajuda de apoiadores de diferentes regiões do estado e seu diferencial é não utilizar grandes verbas para financiamento de campanha. “Estou concorrendo à vaga para mostrar que dá para fazer um Senado com gente que não é milionária, que é possível eleger uma senadora que não tem milhões de fundo eleitoral. Podemos eleger pelo mérito e trabalho já feito”, diz.

STF

Quando questionada sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), Aline afirmou que é preciso “restabelecer o equilíbrio entre os poderes e fazer com que a lei seja cumprida por todos” e considerou que questões políticas estão sobressaindo as jurídicas. “Se nós tivéssemos ministros que realmente seguissem a lei, indiferente de serem indicados por A, B ou por C, o Brasil estaria muito melhor. Eu tenho uma responsabilidade de entrar no Senado e realmente fazer o que precisa ser feito, exigindo o que a própria lei determina”, afirma.

Durante suas considerações finais, a deputada diz que é necessário manter o governo do presidente Bolsonaro e relembrou suas conquistas. “Nós estamos hoje com o trabalho respaldado em R$ 220 milhões trazidos para o nosso estado. Aqui eu não falo só de valor financeiro, mas de realização de sonhos, cidades a que levei hospitais, postos de saúde, pontes, equipamentos, respiradores, máquinas agrícolas. Em cada lugar tem um pedacinho do meu trabalho, um pedacinho da Aline. Para as mulheres, um apelo especial: nós podemos vencer e ter uma senadora representando as mulheres, família, cristãos e a renovação que essa política tanto precisa”.

Redação Página 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: O conteúdo é de exclusividade do Página 1 News.
× Fale com o P1 News!