Padre Kelmon, ex-candidato à presidência da República, estará em Castro neste domingo

Padre Kelmon, ex-candidato à presidência da República, estará em Castro neste domingo

Da Redação

Um dos personagens mais polêmicos da cena política da eleição presidencial de outubro de 2022, Padre Kelmon (PTB) participa em Castro de encontro com manifestantes que não aceitam a volta do governo Lula e do PT ao poder. Será na tarde de domingo, às 16h30, em frente ao 5º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, local onde se mantém vigília permanente.

Em reportagem com a deputada federal Aline Sleutjes (PROS), no início da noite deste sábado (26), ela afirmou que a visita acontece em Castro por seu intermédio, mas a pedido do próprio padre que almoça com a parlamentar em sua casa, e vem falar sobre alguns projetos que serão implantados, como o envolvimento de conservadores, ativistas, cristãos, daqui para frente na política. “Padre Kelmon representa hoje a ala direita, conservadora, e ele quer falar comigo. É a primeira vez dele em Castro, não vou fazer nenhum movimento grande, vou recebê-lo para almoçar com um grupo de mais sete pessoas, padre Miguel, e outras pessoas que ainda não sei quem são. Às 15 horas farei uma reunião bem reservada, ainda na minha casa, com algumas lideranças e às 16h30 eu vou levá-lo ao encontro do pessoal em frente ao quartel, para que ele transmita uma mensagem, e na sequência segue agenda para Curitiba”.

Perguntada se acredita que Lula será diplomado e até mesmo empossado presidente, Aline disse que “não posso responder, estamos trabalhando para que a democracia vença e para que haja transparência na apuração das eleições, então os manifestos são justamente por isso, porque nós queremos transparência”. Sobre uma avaliação dos movimentos, a deputada resumiu, dizendo que “são democráticos, constitucionais, legais e que o brasileiro aprendeu a acompanhar a política, a questionar, a participar, a se envolver e a lutar pela nossa democracia, nossos direitos, pela nossa liberdade e pelo futuro das novas gerações”.

Quem é Padre Kelmon?

Natural de Acajutiba, no interior da Bahia, Kelmon Luis da Silva Souza tem 46 anos. Ele entrou na disputa ao Planalto após a impugnação da candidatura do presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Antes, Padre Kelmon havia sido apresentado pela legenda como candidato a vice na chapa à Presidência.
Com a declaração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que Jefferson seguia inelegível por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012, no julgamento do mensalão, o baiano foi alçado à cabeça da chapa.

Durante o debate, Padre Kelmon travou embate com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve de ser advertido por desrespeitar regras e foi chamado de “padre de festa junina” pela candidata Soraya Thronicke (União). Também foi flagrado em vídeo trocando papéis com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Embora tenha sido apresentado como um crítico a “política da esquerda” e os governos do PT nos debates, Kelmon foi filiado ao partido de Lula no início dos anos 2000. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a filiação foi excluída em 2009. Antes de ingressar no PT, ele também foi membro do PSC.

Comprova

O Comprova (CNN) apurou o histórico eclesiástico e político do candidato e confirmou sua ligação com a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, que tem representações em diferentes países, inclusive no Brasil. Segundo Padre Miguel-Phellype Martins, Vigário Episcopal da instituição no Brasil, Kelmon foi ordenado padre em 2015, mas em outra congregação, a Igreja Apostólica Ortodoxa da América.

Candidato à Presidência da República pelo PTB, Padre Kelmon se denomina como um representante religioso da igreja ortodoxa e do conservadorismo cristão.

*Com CNN e G1

Foto: Divulgação

Redação Página 1

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