Ministro da Educação em Ponta Grossa ontem: “Pós-pandemia será dos profissionais da Educação”

Ministro da Educação em Ponta Grossa ontem: “Pós-pandemia será dos profissionais da Educação”

Helcio Kovaleski

Se depender do entusiasmo das cerca de 350 pessoas que presenciaram a apresentação de projetos e formas de financiamento de novas escolas a prefeitos, secretários municipais e profissionais da Educação das regiões dos Campos Gerais e Centro-Sul do Paraná pelo ministro Milton Ribeiro e por técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), as perspectivas para o setor apontam ser das melhores.

Não à toa, o evento foi realizado no Centro de Convenções do Avivamento (da Igreja Cristã Presbiteriana) – palavra que resume um pouco o estado de espírito do encontro, mesmo durante a tarde chuvosa desta quinta-feira (4). Não à toa, bem no finalzinho do encontro, prefeitos e secretários municipais fizeram fila para, simplesmente, tirar uma foto ao lado do ministro e também da deputada federal Aline Sleutjes (PSL), idealizadora e promotora do evento.

Não à toa, em seu discurso, em tom de aforismo, o ministro, ao mesmo tempo, definiu as diretrizes que norteiam a sua gestão no MEC e fez um vaticínio bem a propósito. “Nesta pandemia, os protagonistas são os médicos, os profissionais da Saúde e os hospitais. Mas, no [período de] pós-pandemia, será a vez dos professores, dos profissionais da Educação e das escolas”, sentenciou.

Programado para iniciar às 14 horas, o encontro atrasou 40 minutos. Na mesa, além do ministro Milton Ribeiro e da deputada Aline Sleutjes, estavam o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), Marcelo Pimentel Bueno, representando o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSC); a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSD); o vice-prefeito Capitão Saulo; o presidente da Associação dos Municípios da Região Centro-Sul do Estado do Paraná (Amcespar), Edemétrio Benato Júnior (PSD), prefeito de Inácio Martins; e a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), Luciana Sleutjes; entre outros. Na plateia, além de prefeitos, secretários e profissionais de Educação, representantes dos Núcleos Regionais de Educação de Irati, União da Vitória e Telêmaco Borba.

Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, o anfitrião do encontro, pastor Nelson Braido, deu as boas-vindas ao ministro. Na sequência, falaram Edemétrio e Aline – que também entregou uma placa de agradecimento ao ministro. Ao Página Um, a deputada se mostrou satisfeita com o evento e destacou a importância da presença de prefeitos e secretários em um encontro direto com o ministro e técnicos do FNDE.

Elizabeth Schmidt lembrou que também é professora de formação e disse que o FNDE “é a ferramenta que nos permite alcançar as metas”. Em seguida, fez um convite ao ministro para que venha a Ponta Grossa, em fevereiro do próximo ano, para participar da inauguração de dois novos centros municipais de educação infantil (Cmeis).

Na sequência, houve a exibição de um vídeo institucional do MEC, seguido de uma apresentação técnica, pelo diretor de Ações Educacionais do FNDE, Garigham Amarante, que explicou como prefeitos e secretários podem se cadastrar no sistema da fundação. No final, Amarante anunciou um novo prazo para cidades que contam com obras inacabadas: 30 de dezembro próximo.

‘Menos Brasília e mais Brasil’

Em seu discurso, o ministro Milton Ribeiro começou contando que, na semana passada, visitou municípios de três estados da região Norte – Amapá, Roraima e Rondônia. Fez questão de dizer que, no encontro desta quinta, estava atendendo a um pedido expresso feito pelo presidente Jair Bolsonaro: “sair dos gabinetes”, numa vibe “menos Brasília e mais Brasil”. Depois, lamentou a constatação, feita pela atual gestão da pasta, de que o Brasil “andou para trás” nos últimos 20 anos; denunciou o que ele chamou de “uso de ideologias” na educação brasileira, “mesmo num momento sem pandemia”; e pregou um ensino “sem ideologias, nem de direita, nem de esquerda”.

Após novamente citar Bolsonaro, que, segundo ele, pediu-lhe que “cuide das crianças”, Ribeiro contou que “temos hoje, no MEC, uma equipe de profissionais da Educação”. “Não há mais espaço para desvio de dinheiro no Brasil. Chega de corrupção. Não há mais dinheiro para enviar para a Venezuela, Cuba ou África. Enviar dinheiro para fora [do país] foi um grande golpe que o Brasil sofreu”, afirmou.

Ao final do discurso, Milton Ribeiro aproveitou o mote do local do encontro e, dirigindo-se ao pastor Nelson, disse que iria dar um “testemunho, já que aqui é uma igreja”. “Estamos vivendo um novo tempo [na Educação}”, afirmou. Ao Página Um, o ministro confirmou esse “novo tempo” informando que serão realizados mais encontros semelhantes país afora.

O finalzinho do encontro foi reservado para a tradicional foto oficial e incontáveis fotos de prefeitos, secretários e profissionais, que chegaram a fazer fila para poderem registrar o momento com o ministro Milton Ribeiro e a deputada Aline Sleutjes. Foi a confirmação do entusiasmo.

Foto: Divulgação / Israel Kaé

Redação Página 1

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