Deputada Aline Sleutjes condena vandalismo em Brasília, mas defende manifestantes

Deputada Aline Sleutjes condena vandalismo em Brasília, mas defende manifestantes

Bianca Martins

Brasília – A deputada federal Aline Sleutjes (PROS) foi procurada pelo Página Um News para comentar sobre os atos em Brasília, ocorridos no domingo (8). A parlamentar foi enfática ao pedir a prisão dos envolvidos e afirmou ser contrária a qualquer tipo de vandalismo ou violência. “Os autores devem ser identificados e punidos, inclusive vídeos demonstram infiltrados da esquerda, seguranças do próprio STF e criminosos sendo identificados e presos pelos próprios manifestantes de direita”, declarou. No entanto, ressalta que uma minoria não poderia representar os “patriotas que estão em frente aos quartéis a quase 70 dias”. “Eles estão amparados pela Constituição, protegidos pelas forças armadas e não possuem esta postura agressiva e de violência. Não sei se temos castrenses neste momento lá, mas se temos, certamente são pacíficos e ordeiros como tantos outros patriotas que se reúnem em frente ao 5 ° Esquadrão para rezar, cantar o hino e lutar pelo nosso País e pela democracia”, destacou.
A deputada aponta a soltura de Lula, na época condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, como a principal causa do “descontrole, crise política e judiciária” no país. “Devemos lembrar o que criou todo este descontrole e crise política e judiciária em nosso país foi a soltura de um ‘descondenado’, para concorrer à presidência da República e depois à sua eleição, questionada até o momento devido à falta de transparência e a não entrega do código fonte as forças armadas”, opinou.
Sobre a prisão de mais de mil manifestantes, a parlamentar considera ser mais uma das medidas inconstitucionais tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Mais de mil pessoas foram presas hoje [segunda-feira (9)], a grande maioria pelo que li e assisti, são prisões sem prova de existência de crime. O direito penal e processual penal brasileiro possui alguns princípios que devem ser sempre seguidos. Só é possível a decretação da prisão preventiva, no caso de existência de indícios suficientes de autoria e da prova da existência do crime (materialidade). Isso quer dizer que, se não for sabido o crime praticado e inexiste a prova de sua ocorrência, não é possível alguém ser preso. Assim, não se pode prender para depois elucidar o crime cometido. A liberdade, depois da vida, é o bem jurídico mais importante e sua restrição deve ocorrer naqueles casos expressamente previstos em lei e observados todos os princípios constitucionais e processuais, notadamente da ampla defesa, contraditório e a estrita observância do devido processo legal”, descreveu.
Aline é contra à intervenção federal, votada na noite de segunda-feira (9), e aprovada pela maioria dos deputados na Câmara Federal e pelo Senado. Para ela, a intervenção não se aplicaria mais à situação atual, porque os protestos já foram controlados. “Nós, parlamentares, fomos convocados para votar sobre a intervenção federal decretada por Lula ontem [segunda (9)], embasada em algo que já cessou. Ele utilizou o inciso III do art. 34 “III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública”. A ordem pública já foi restabelecida. Neste caso, me parece que o que desejam é fazer politicagem, criando uma narrativa contra os conservadores patriotas e aumentarem sua força para conterem quaisquer tipos de protestos e manifestações contrárias ao seu governo”, observou.

De saída

A parlamentar deixa a Câmara Federal no dia 31 de janeiro. Ela comentou que estaria finalizando seus trabalhos na Casa de Leis, e que já estaria organizando novos projetos em Brasília.

Redação Página 1

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