Merenda escolar tem aprovação superior a 84% entre os estudantes e pais no Paraná

Merenda escolar tem aprovação superior a 84% entre os estudantes e pais no Paraná

AEN

, que relatam na pesquisa uma melhora no atendimento.

Em 2023, a rede estadual adquiriu mais de 30 mil toneladas de produtos – quase o dobro de 2021 (17,5 mil). Somente em carnes (bovina, suína, aves e peixes) o salto foi de 1,4 mil kg para 9 mil kg no mesmo período, quase sete vezes mais. A proteína está presente nos cardápios das escolas três dias da semana, com opções variadas: carne bovina, peixe, frango e cortes de carne de porco.

Uma boa parte da merenda é abastecida pela agricultura familiar: são 11 mil toneladas de todos os produtos, entre ovos, frutas, verduras, hortaliças. A utilização de orgânicos também ganha corpo todos os anos.

O controle de qualidade é feito pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), que mantêm uma sólida parceria para a análise técnica dos gêneros alimentícios adquiridos. O contrato prevê a inspeção das embalagens e a realização de ensaios laboratoriais. São analisados desde alimentos perecíveis, como carnes e ovos, a não perecíveis como arroz, feijão, macarrão, bolachas e sucos. Alguns produtos adquiridos da agricultura familiar, como iogurte, sucos, ovos, também passam pela avaliação.

“O governo estadual garante saúde para os estudantes, com três refeições por turno escolar, o que também incentiva o desenvolvimento social e sustentável de mais de 20 mil famílias de agricultores no Paraná”, afirma o secretário estadual de Educação, Roni Miranda.

O Paraná é um dos estados que mais investe em merenda da rede estadual. “Temos que atuar para que a merenda passe por um rigoroso controle de qualidade no momento da aquisição, no armazenamento e na distribuição para levar mais e mais saúde aos estudantes. Bem alimentados eles têm mais condições de aprendizado”, complementa Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente do Fundepar, responsável por todo o processo de aquisição e distribuição dos alimentos nas escolas.

A nutricionista responsável técnica do Estado, Andrea Bruginski, lembra que a merenda escolar faz parte da segurança alimentar de crianças e adolescentes. Para auxiliar no preparo da merenda, a equipe de nutricionistas do Fundepar envia periodicamente sugestões de cardápios e fichas técnicas das carnes para as escolas, para que os produtos sejam servidos conforme o planejamento.

“O programa de alimentação escolar é o maior de segurança alimentar do Estado. Disponibilizar alimentação saudável e adequada aos alunos significa garantir alimentação a 9,7% da população. Ela supre, no mínimo, 30% da necessidade nutricional de nossos alunos. São ofertados, a cada refeição, alimentos saudáveis. São muitas frutas, legumes, verduras, arroz, feijão, carne, pães, leite. Comida de verdade”, completa.

A estudante Isadora de Faria Achlagenhaufer, de 15 anos, que está no segundo ano do Ensino Médio do Colégio Cívico-Militar Manoel A. Guimarães, em Curitiba, adora as refeições. “Sabe quando a gente fala que comida feita com amor é muito mais saborosa? A gente sente isso. De manhã, quando chego na escola, já é servida uma refeição e tem um café com leite que eu adoro. Depois tem macarrão com carne, feijoada, saladas, batata-doce, sopa de feijão, arroz com farofa de ovo, arroz com feijão e linguiça. Todo mundo ama”, afirma.

A “tia da escola” é a merendeira Inês de Vasconcelos, servidora pública há 31 anos. Ela destaca o carinho com que prepara as refeições dos estudantes. “Sempre procuro saber o que eles mais gostam de comer. Arroz e feijão, salada, carne, macarrão. E eles amam macarrão e polenta com molho. No café da manhã eles gostam muito de café com leite, achocolatado, bolachinha salgada, pão. Eu procuro fazer tudo bem gostoso e com muito carinho”, conta. 

Essa metodologia paranaense ainda foi destaca pelo Ministério da Educação na semana passada. Em série de lançamentos estaduais do programa Pé-de-Meia, o ministro da Educação, Camilo Santana, passou no Paraná e elogiou o modelo estadual. “O Paraná tem uma experiência importante porque sabe a importância da alimentação escolar. Isso mexe com a autoestima do aluno, com a qualidade da aprendizagem”, afirmou.

Redação Página 1

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