Governador participa da inauguração do novo terminal da Klabin no Porto de Paranaguá

Governador participa da inauguração do novo terminal da Klabin no Porto de Paranaguá

AEN

Com capacidade para receber um milhão de toneladas de papel e celulose por ano, foi inaugurado oficialmente nesta quarta-feira (22) o terminal da Klabin no Porto de Paranaguá. O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou do evento de entrega do espaço, que tem mais de 27 mil metros quadrados e faz parte do pacote de leilões de áreas portuárias iniciadas pelo Governo do Estado em 2019.

O governador afirmou que a inauguração da Klabin, que é a primeira área portuária concedida nos últimos 20 anos, demonstra a capacidade de gestão da Portos do Paraná. “Temos o maior e mais moderno terminal de celulose do Brasil instalado no Porto de Paranaguá, que foi eleito por três anos consecutivos o mais eficiente do País. Isso é importante para a cidade, o Litoral e a economia como um todo, pois ajuda a produção industrial no Interior”, afirmou.

Ratinho Junior também falou sobre outros investimentos previstos no Porto, como o projeto do Moegão, obra que vai receber R$ 600 milhões e garantir um salto de eficiência na movimentação de produtos transportados por trem, preparando a estrutura portuária para receber o volume de cargas da Nova Ferroeste. O uso de linha férrea também reduz interferências no trânsito da cidade.

“Temos pessoas do mundo inteiro vindo ao Porto de Paranaguá para conhecer a gestão portuária, o que comprova a credibilidade que conquistamos, atraindo novos investimentos para a indústria e o agronegócio, assim como no setor do turismo, com a previsão do início da chegada de navios de cruzeiro na cidade a partir do próximo verão”, comentou o governador.

    Terminal

    O local foi arrematado pela Klabin pelo período de 25 anos em uma concorrência pública realizada em agosto de 2019. Com a conclusão da obra, a movimentação pelo Porto de Paranaguá de cargas produzidas pela empresa em Ortigueira e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, ganhará em produtividade, competitividade e sustentabilidade.

    Iniciada em junho de 2021, a construção do armazém foi concluída no final de 2022, com início das primeiras operações em dezembro, antes mesmo da inauguração oficial. O investimento na obra foi de R$ 120 milhões, com a geração de 200 empregos diretos. Com o início das operações, o terminal deve gerar ao todo com cerca de 160 postos de trabalho diretos e indiretos.

    A operação funcionará em um modelo chamado Break Bulk, em que as cargas são movimentadas sem a utilização de contêineres, com embarque de grandes volumes diretamente na parte interna dos navios. O sistema garante o atendimento de clientes em grande escala com maior produtividade.

    Tanto a obra quanto a operação incorporam altos níveis de sustentabilidade, segurança e tecnologia. De acordo com o diretor de Logística da Klabin, Roberto Bisogni, um exemplo disso ocorre no transporte das cargas das fábricas de Telêmaco Borba e Ortigueira até o Porto de Paranaguá.

    “Os vagões são carregados dentro da nossa fábrica em Ortigueira e vêm direto para o nosso novo armazém, de onde são levados aos navios atracados em frente ao terminal”, explicou Bisogni. “É uma operação limpa e eficiente, que reduz as emissões de CO2 na atmosfera, evitando cerca de 40 mil viagens de caminhão do Interior até o porto”.

    Somente no Paraná, a Klabin conta com cerca de 11 mil trabalhadores diretos e indiretos em 25 municípios com operações da empresa, em especial nos Campos Gerais. A área florestal da Companhia no Estado é de 433 mil hectares, dos quais 176 mil são de mata nativa.

    Na avaliação do secretário nacional de Portos e Transporte Aquaviários, Fabrizio Pierdomenico, as características do novo terminal instalado no Porto de Paranaguá o tornam um exemplo para futuras concessões portuárias em todo o Brasil. “Este é um terminal ultramoderno, com sustentabilidade e integrado ao modal ferroviário. Além disso, ele trabalha com um produto industrializado, com contém alto valor agregado, o que faz dele um marco na história portuária”, afirmou.

      Concessões

      A área PAR01 arrematada pela Klabin encerrou um período de duas décadas sem novos arrendamentos no Porto de Paranaguá. A expectativa é que, no primeiro ano de operações, a empresa movimente 1 milhão de toneladas pelo porto paranaense. Com a conclusão da segunda fase de expansão da fábrica em Ortigueira (Puma II), prevista ainda para 2023, a empresa espera aumentar a produtividade em torno de 10% por ano via Paranaguá.

      Somada à PAR01, os portos paranaenses devem receber mais R$ 3,2 bilhões de investimentos com mais dois leilões que foram finalizados (PAR12 e PAR32) e outros quatro que estão em andamento (PAR50, PAR09, PAR14 e PAR15).

      Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, o Porto de Paranaguá tem buscado diversificar as operações, explorando outras potencialidades além do agronegócio. A estratégia envolve expandir as operações com contêineres, cargas gerais, granéis e líquidos, cujos processos de concessão são tratados com a máxima transparência.

      “A partir do momento que regularizamos contratos e disponibilizamos novas áreas, estamos garantindo um ambiente seguro para investimentos que trazem desenvolvimento econômico e social”, disse o representante da Portos do Paraná. “Nossa expectativa é realizar pelo menos outros três leilões ainda neste ano, das áreas PAR09, PAR14 e PAR15, que tiveram as consultas e audiência públicas realizadas em 2022 e que seguem a fase de análise das contribuições recebidas”.

      Presenças – A inauguração contou com a participação do diretor-geral da Klabin, Cristiano Teixeira; dos secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e do Turismo, Márcio Nunes; do diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; do presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung; do presidente da Câmara de Vereadores de Paranaguá, Fábio Santos; do delegado da Polícia Federal Bruno Bassani; e o delegado da Receita Federal de Paranaguá, Luciano Andreoli.

      Redação Página 1

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