​Paraná chega a 4 mil leitos de atendimento exclusivo à Covid-19

​Paraná chega a 4 mil leitos de atendimento exclusivo à Covid-19

AEN

O Paraná atingiu nesta sexta-feira (12) o maior número de leitos exclusivos para atendimento da Covid-19 desde o início da pandemia, um ano após a confirmação dos primeiros seis casos. O esforço do Governo do Estado engloba 4 mil leitos exclusivos, sendo 1.570 UTIs e 2.374 enfermarias para adultos e 22 UTIs e 34 enfermarias pediátricas. É como se o Paraná tivesse 20 hospitais de campanha de 200 vagas.

Os leitos estão distribuídos em todas as quatro macrorregionais do Estado. São 2.064 no Leste (818 UTIs e 1.214 enfermarias para adultos, além de 10 UTIs e 22 enfermarias pediátricas), 695 no Oeste (282 UTIs e 409 enfermarias, além de 4 leitos pediátricos), 587 no Noroeste (230 UTIs e 347 enfermarias, além de 10 leitos pediátricos) e 654 no Norte (240 UTIs e 404 enfermarias, além de 10 leitos pediátricos).

A estratégia de montar uma rede com leitos exclusivos começou a funcionar na prática no dia 26 de março de 2020, quando houve a implantação das primeiras 264 unidades no Estado. Desde então 58.061 paranaenses foram atendidos em hospitais públicos, privados ou filantrópicos conveniados em mais de 50 municípios. O investimento em custeio, manutenção, equipamentos e equipes alcança mais de R$ 250 milhões.

“Somente neste mês reativamos 735 leitos, uma média de quase 67 leitos por dia. O Governo do Estado tem utilizado toda a estrutura e recursos disponíveis para viabilizar a ampliação de leitos e proporcionar atendimento adequado à população”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Esses números representam uma soma de esforços entre o poder público e privado na luta contra essa doença”.

É o maior número de UTIs abertas da história do Estado. Antes da pandemia, havia cerca de 1.200 leitos na rede pública para adultos. Ou seja, em apenas um ano a Secretaria Estadual da Saúde mais do que dobrou a capacidade de atendimento emergencial. “Temos atuado diretamente no enfrentamento da Covid-19, com todos os recursos que estão ao nosso alcance, mas eles são escassos e os profissionais estão no limite. É um momento delicado, mas vamos vencer essa etapa”, acrescentou o governador.

Apenas do dia 3 de março até esta sexta-feira (12) houve um incremento de 384 leitos na rede pública. Eram 3.616 ativos no começo do mês, sendo 1.405 UTIs e 2.211 clínicos. Essa expansão deve continuar nos próximos dias.

Estratégia

O Paraná replicou na pandemia o modelo de regionalização da saúde que já vinha sendo adotado para o combate à dengue e outras enfermidades. O esforço contou com a finalização de três hospitais regionais (Ivaiporã, Telêmaco Borba e Guarapuava), investimentos robustos na infraestrutura dos quatro Hospitais Universitários (Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel) e reestruturação do atendimento do Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba, referência no combate à Covid-19, com mais de 100 leitos.

Os três hospitais regionais contam com 210 leitos exclusivos: 20 UTIs e 30 enfermarias em Telêmaco Borba, 30 UTIs e 60 enfermarias em Guarapuava e 30 UTIs e 40 enfermarias em Ivaiporã. As estruturas universitárias têm, atualmente, 371 leitos: Ponta Grossa (40 UTIs e 64 enfermarias), Cascavel (50 UTIs e 15 enfermarias), Maringá (20 UTIs e 20 enfermarias) e Londrina (66 UTIs e 96 enfermarias).

“Nossa ideia sempre foi ofertar leitos perto das casas das pessoas. Esse investimento é resultado de um trabalho muito sério e de um esforço coletivo com as prefeituras, a sociedade e a iniciativa privada”, acrescentou Ratinho Junior.

Esforço

A abertura constante de novos leitos tem ajudado os municípios a reforçar o atendimento nesse período de crise mais aguda. Até o início do mês de fevereiro a média de pacientes em fila de espera por leitos exclusivos era de 40 a 45 pessoas por dia. Nos últimos dias, no entanto, com a disseminação da variante amazônica, o Paraná chegou a registrar mais de 1,2 mil pessoas aguardando transferência.

“Há um esforço muito grande nas ampliações. Mesmo com ampliações diárias e constantes, as taxas de ocupação se mantêm em alta nos últimos dias porque muito mais pessoas estão se infectando pelo vírus, o que acarreta sobrecarga de atendimento. Mas estamos atuando para diminuir as filas e para manter a qualidade do atendimento”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Ele também destacou o trabalho das equipes que estão na linha de frente desde o começo da pandemia. “Precisamos do apoio da população para seguir as medidas de prevenção e reforçar o distanciamento social. Estamos atravessando um momento de acúmulo de casos e cansaço. Os médicos e enfermeiros dessas estruturas hospitalares salvaram milhares de vidas ao longo desse período. Essas estruturas só funcionam pelo trabalho incansável das equipes”, disse o secretário.

Redação Página 1

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