Vendas de materiais escolares podem crescer até 15% em Castro

Vendas de materiais escolares podem crescer até 15% em Castro

Matheus de Lara

Na próxima semana alunos das escolas municipais e estaduais voltam as aulas e a movimentação em papelarias e lojas que vendem artigos do gênero aumenta significativamente nestes últimos dias que antecedem o início do ano letivo de 2023. Conforme a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), a venda de alguns itens escolares estão entre 20% e 30% acima do preço em relação ao mesmo período do ano passado, e a inflação é uma das principais razões para a alta dos preços.

Para saber como o comércio castrense se comporta nessa época de retorno as aulas, a reportagem do Página Um News conversou com o presidente da Acecastro, Gilson Proença (Kiko). Segundo ele, a expectativa é boa, visto que neste ano muitas crianças estão indo para a escola pela primeira vez. “Então, essa entrada natural devido a idade mínima para se iniciar os estudos, incrementa a venda de uniforme e materiais escolares. Com isso, o ingresso de novos alunos tem um aumento nas vendas. São cerca de 4,4% de alunos novos. Agregando a esses novos, os que seguem precisam de novos materiais, o que seguramente um aumento de 15% é considerado natural. Os preços também estão um pouco mais caros, mas não subiram tanto por conta dos importados, já que o dólar de janeiro deste ano está muito parecido com a do ano passado”, disse Gilson.

De acordo com o presidente da Acecastro, o comércio castrense está preparado e abastecido. Para Kiko, “mochilas e cadernos são os campeões. A moda, o cantor preferido do momento, são as buscas mais concorridas. Canetas, muitas empresas dão de brinde, então esses itens vendem um pouco menos. Agregado as aulas, os tênis são os campeões. Não há um aluno que não tenha o seu calçado lindo para o início do ano”. Ele ainda sugere que os pais formem grupos de compras, para que, ao comprarem em maior quantidade, consigam um melhor desconto.

Materiais escolares

Para Márcia Marcondes, proprietária de uma papelaria na Vila Rio Branco, a procura dos principais materiais escolares já começaram no segundo dia de janeiro. “Aqui na papelaria, os pais compram a lista completa, entre cadernos, borracha, lápis, lápis de cor, apontador, tesoura, régua, papel sulfite, etc. Os itens mais procurados são os de médios preços, e os pais ainda procuram produto de qualidade”, descreve Márcia. A proprietária também esclarece, que as expectativas de vendas superaram a do ano anterior, e as vendas aumentaram em torno de 15%. “Nessa última semana, desde a manhã desta segunda-feira (30), os pais estão fazendo suas compras, e além disso, também temos mochilas com até 50% de desconto, lancheiras e 12% nas compras à vista e convênios”, completa Márcia.

A fisioterapeuta, Poliana Rodrigues, que tem duas filhas, disse que os materiais estão mais caros esse ano. Mas, mesmo diante da alta nos preços, admitiu que não fez pesquisa. A diarista, Liliane Rodrigues, concorda que os valores dos materiais estão mais elevados e por isso vai fazer adaptações para não ficar fora do orçamento da família. “No ano passado fizemos a compra de um caderno por matéria e agora nesse ano, optamos em comprar um caderno maior com todas as matérias por estar mais em conta. Já pesquisamos em outros estabelecimentos, como em supermercados e lojas especializadas, e aqui ainda não vamos pegar todos, vamos pegar um pouco aqui e ali para dar uma variada de preço”, argumenta Liliane.

Dos materiais que são reaproveitados do ano passado, a diarista conta que “são os lápis de cor, e outros itens, que foi separado para usar ainda esse ano, e quando acabar compramos de novo, mas o que dá para usar vamos reaproveitar, e os cadernos infelizmente não podemos usar novamente”, explica.

Calçados e uniformes

Além dos materiais escolares, a cada ano os pais precisam comprar novos calçados e uniformes. Para o gerente de uma loja de calçados, localizado no centro de Castro, Marcos Oliveira, as vendas de calçados aumentaram, especialmente, neste período próximo a volta às aulas. “A tendência nessa última semana é aumentar mais. Os calçados mais procurados são até a sétima e oitava série, porque a partir do nono ano e ensino médio, o pessoal usam uma linha mais adulto, porque os adolescentes não querem usar um calçado infantil. Tem tênis que varia entre R$ 49,99 até R$ 200 e R$ 300, o que depende muito da qualidade do calçado que é comprado”, avalia.

Em relação aos uniformes, houve queda na procura segundo a proprietária de uma sala de costura que fica em sua casa, Priscila Marcela Pereira. Ela disse que as vendas não aumentaram desde que começou a receber os pedidos em novembro do ano passado, e que a produção está bem menor que a dos últimos anos antes da pandemia. “Muitos procuram para fazer orçamento, muitos voltam para fazer o pedido, e outros dizem que vem mês que vem, porque janeiro estão sem dinheiro. Há também os que vem certos para fazer o pedido, pois já são clientes antigos e nem procuram outro lugar”, explica.

Foto: Matheus de Lara

Redação Página 1

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