Irmão de professor morto se despede cantando Elvis

Irmão de professor morto se despede cantando Elvis

Sandro A. Carrilho

Foi sepultado no início da tarde desta quarta-feira (27), no Cemitério Municipal de Piraí do Sul, o corpo do professor Marcial Rugiski, 54 anos. Quis que o último adeus a um dos maiores incentivadores do handebol nos Campos Gerais, acontecesse aos som de Elvis Presley, cantado pelo irmão Marcos que deu a voz a música ‘Suspicious Minds’. Segundo o que a reportagem apurou, a mãe do professor era apaixonada por Elvis e escutava com os filhos desde criança, por isso todos da família tem essa paixão. “Foi cantada na morte da mãe de Marcial e agora na dele”, disse uma pessoa próxima.

Marcial sofreu infarto no banheiro de sua residência e foi encontrado caído, já sem vida, pelo filho que foi buscá-lo para o treino.

Último adeus

O velório do professor que tanto colaborou para com o handebol, se deu durante a noite de terça e primeiras horas de quinta-feira (28), no Ginásio de Esportes Xanda Nocera. Às 11 horas, o corpo seguiu para a cidade de Piraí do Sul, com sepultamento às 13 horas.

Trajetória

Casado com Cléa e pai de cinco filhos, Marcial dedicou toda a sua vida ao esporte, e tinha uma paixão a mais pelo handebol. Em uma entrevista datada de 21 de agosto de 2011, com o título ‘Prudentópolis – Unidos pelo esporte e gerando campeões’, o professor se dizia realizado demais. “Para meus filhos mais velhos, e espero que também aconteça com os mais novos, o handebol, além de um grande aprendizado pessoal, trouxe oportunidades”. Ele salientou, na entrevista, que sempre teve uma cobrança grande, que acabou transferindo para os filhos, pois, segundo ele, “filho de treinador quando entra em quadra tem que ser o melhor”.

Tanto após a confirmação da morte, quanto no velório, a movimentação de pessoas em busca de notícias, entre elas, parentes, amigos, atletas e admiradores do professor, foi grande.

Depoimento

Para a jogadora de handebol, Rafaela Procópio, “Marcial era como um pai pra mim, me ajudou muito, desde quando eu era criança. Me deu muita coisa, me chamava de filha. Disse que falou de mim ontem mesmo [segunda-feira] para mulher dele. Sábado (23) estava muito feliz porque ganhou uma camiseta original do Flamengo com o nome dele e hoje não achamos para por nele”, descreveu Rafaela.

Quis também o destino que ele não conhecesse, pessoalmente, o neto mais novo, nascido no sábado.

Redação Página 1

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