Entidade atende famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade social

Entidade atende famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade social

Bianca Martins

A Associação Família Solidariedade em Ação realiza diariamente ações em prol de famílias ou pessoas que estejam vivenciando alguma situação de risco ou vulnerabilidade social em Castro e até em outras cidades da região, a exemplo de Piraí do Sul. Sua presidente, Luciane Barreto, há 15 anos trabalha para atender as mais diferentes demandas que aparecem junto a comunidade. O trabalho da voluntária não é recente, apesar da associação só estar oficialmente ativa há dois anos. A expectativa é torná-la entidade de utilidade pública, o que deve acontecer em setembro deste ano, para que então possa estar apta a receber recursos do poder público. Este seria o principal entrave para que a entidade tenha condições de realizar um trabalho mais amplo. “A gente vai ter mais apoio, o município vai poder destinar verba, vamos poder ampliar mais o atendimento. Nós dependemos de doação até para os alimentos. Nós não temos um órgão que todo mês destine uma quantidade de cestas básicas para nós. Infelizmente não temos. A gente vai para a porta de supermercado. Nós aqui da associação e alguns voluntários, para a gente poder atender essas famílias. É um trabalho de formiguinha”, relatou Luciane.

Até hoje, cerca de 300 famílias já foram atendidas e todas tem cadastro e acompanhamento da associação. Segundo a presidente, os problemas são pontuais, mas são sempre observados e acompanhados por voluntários, entre eles uma assistente social.

O apoio do voluntariado vai desde a doação de alimentos, itens de higiene, até à recolocação no mercado de trabalho. Para Luciane, seria importante ter apoiadores, tipo associados, fixos, para que a entidade passe a ter recursos financeiros para dar andamento em suas ações com mais agilidade. “A gente conta com apoio de empresas, doações que entram, mas nada fixo. Não temos contribuições mensais. Tudo doações pontuais. Nós mesmos não temos condições financeiras. E a gente tem as famílias, todas cadastradas. Aí temos o pessoal que é responsável por fazer as visitas, que vão sempre em duas pessoas, para ver a necessidade. Daí faz o cadastro da família para estar recebendo kit de alimento, às vezes a família está precisando de mobílias, a gente consegue arrecadações”, explicou a presidente.

De acordo com Luciane, além das doações de cestas básicas, itens de higiene pessoal, mobília, equipamentos hospitalares, a associação tem recebido muita reclamação em relação à moradia. Ela acredita que falta loteamentos regularizados para acolher esses cidadãos, que por falta de condições, acabam fixando residência em invasões, seja uma das causas do problema. “O que chega para nós são muitas famílias pedindo ajuda para fazer uma ‘casinha’, casa caindo em área de invasão. Está complicado, até porque a prefeitura não pode apoiar quando é área de invasão. A gente tinha que ter um apoio maior. Porque na verdade tem muitas famílias que estão morando em casas, que a gente tem feito visita, que a casa tá podre. Assoalho caindo. Tem que tomar cuidado ao mudar o pé porque senão passaria com assoalho para baixo. Muitas situações como essa. A gente tenta conseguir doações, encaminhar aos órgãos, mas não é fácil. A gente consegue arrecadar bastante material, mas precisaria de mais apoio”, revelou.

Apesar da falta de recursos financeiros, a associação sobrevive da doação de empresas e de pessoas da própria comunidade que, segundo Luciane, é muito solidária. “Aqui em Castro o pessoal é muito solidário. A gente conhece outras cidades que não tem uma comunidade tão atuante, que atende tão rapidamente. Sem dúvida isso fortalece o nosso trabalho e nos motiva a seguir em frente, não desistir”, pontuou.

A associação usa as redes sociais para divulgar suas campanhas, mas interessados podem entrar em contato pelo telefone 42 9 9967-1345.

Redação Página 1

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