Matheus de Lara
Em meio as dificuldades que muitas famílias enfrentam estão os problemas de saúde de seus filhos. A reportagem do Página Um News conversou com duas dessas famílias, que por meio de doações e também pelo pix, precisam de ajuda para despesas de tratamentos de saúde. Entre um desses casos está o de duas meninas com paralisia cerebral, e outro de uma mulher que foi diagnosticada com tumor na cabeça comprometendo sua coordenação motora.
Tania Aparecida dos Santos Martins e Sebastião Neudo Marcondes, são pais de Bruna, 6 anos, e da Ingrid, de 13. Eles moram em uma casa de madeira cedida pela Prefeitura de Castro, na Invernada, próximo do Distrito do Socavão, área rural do município. Suas filhas tem paralisia cerebral e o problema veio no parto depois de um erro médico. Nas últimas semanas, a família lançou o pix solidário para ajuda no tratamento de saúde das irmãs, através da Chave Pix – CPF: 087.246.269-29, em nome de Tania.
Tania disse que a família precisa de ajuda porque elas precisam ir duas vezes por semana na fisioterapia e também para consultas médicas, medicamentos e antibióticos, para compra de uma cadeira de banho, além do conserto do carro, que também é usado para viagens. “Elas vão a cada três meses para Campo Largo fazer tratamentos com o neurologista, gastroenterologista, pneumologista. Para cuidar de nossas filhas, eu e meu esposo não podemos trabalhar, com isso pedimos o apoio das pessoas”.
Bruna nasceu com falta de oxigenação no cérebro e ficou 25 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto que em Ingrid, a paralisia atingiu a parte do cerebelo. “Com o tratamento, a mais velha está repedindo as palavras, e com a Bruna também. Ela está realizando os tratamentos no hospital em Campo Largo”, disse o pai das meninas. Ele também fala que a ajuda é necessária, principalmente para manter os tratamentos delas, até que o benefício para a pessoa com deficiência, que a Ingrid tem direito, seja autorizado.
Sobre os medicamentos que as irmãs usam para o tratamento, Sebastião explica que todo o mês precisa ser pego ou até mesmo comprado. “A Bruna toma o Valproato de sódio, Artane, Clonazepan e Levetiracetam, e a Ingrid usa o Valproato de sódio (em comprimido), Risperidona e Cloridrato de Fluoxetina”.
Segunda família
Através do apoio da Associação Família Solidariedade em Ação, a família de Ana Flávia dos Santos Zampiere, de 25 anos, pede ajuda pelo pix da associação – CNPJ: 43.862.376/0001-18. Ana que tem dois filhos, tem tumor cerebral e seu quadro clínico teve evolução negativa, o que comprometeu sua coordenação motora. Diante da sua situação, ela já utiliza cadeiras de rodas, tem dores constantemente e não tem condições de morar sozinha. Para isso uma das doações que a família pede, é da construção de um quarto e banheiro adaptado nos fundos da casa de sua mãe.
O tumor em Ana apareceu depois que começou sentir dor de cabeça em 2020. Ela acabou indo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e foi diagnosticada com o tumor do tamanho de um limão. A rotina dela é da cama para uma cadeira de rodas, usa os medicamentos Codeína e Depakene e seu tratamento com os médicos especializados é de dois em dois meses.
A presidente da associação, Luciane Barreto Machado, conta que o tratamento de Ana é bem caro. “No caso dela os tratamentos são caros porque precisa de bastante coisa. Para a realização de uma cirurgia, que só se faz nos Estados Unidos, e ela não tem condições de fazer, porque o médico disse que é a única chance que ela tem a se recuperar”.
Sobre a associação, a presidente descreve que atendem 300 famílias em vulnerabilidade social e muitas delas enfrentam problemas de saúde, dentre esses, o câncer, sendo de Castro, Carambeí, Ponta Grossa e Piraí do Sul. Disse que a associação recebe apoio do Sistema Único de Saúde (SUS), através de transporte de ambulância e medicamentos, e que para encaminhamento médico há uma clínica parceria. As doações são destinadas à entidade e depois repassado à família.
*Fotos autorizadas para publicação
