Colégio Fabiana Pimentel é cenário de documentário produzido pela Seed

Colégio Fabiana Pimentel é cenário de documentário produzido pela Seed

Luana Dias

Foi lançado na quinta-feira (30) o minidocumentário produzido pela Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná (Seed-PR), e que teve como cenário e os personagens, os alunos e profissionais do Colégio Estadual do Campo Professora Fabiana Pimentel. A instituição, que foi fundada há 28 anos, concentra grande parte dos estudantes que residem na região do distrito do Socavão e em diversas comunidades adjacentes.

O material fala sobre a importância da formação de novos profissionais na área do Agronegócio, e foi produzido justamente numa escola que está em uma das regiões com mais vocação para atividades do agro. O Colégio fica no Socavão, a 40 quilômetros da área urbana do município de Castro. Seus alunos, em grande maioria, são filhos de produtores rurais de todos os portes e das mais diversas atividades.

O minidocumentário conta com entrevistas da diretora Rosalba Simão, de professores e estudantes que estão matriculados no curso profissionalizante de Agronegócio, e que mostram grande interesse pelas atividades desenvolvidas na região, além de desejo de se especializarem como profissionais para poderem permanecerem no campo. Ao falarem de seus sonhos, os alunos também abordam o tema da formação e mercado de trabalho.

O estudante Marco Antonio Carneiro Costa, por exemplo, conta que deseja ingressar futuramente no curso de Agronomia, e que a oportunidade de iniciar estudos nessa área hoje, o permite estar melhor preparado para esse desafio. “Quando fui escolher o curso [de Agronegócio], pensei muito em oportunidade de emprego. Penso lá na frente, quando eu terminar, o que eu vou fazer? ter um pré-conhecimento porque eu quero seguir nisso”, destaca.

Já a diretora da escola relata que a chegada de cursos profissionalizantes na unidade sempre foi um sonho, e destaca a importância de um curso voltado para a área de agro, justamente, pela vocação da região onde estão inseridos os alunos. “A escola veio crescendo aos poucos, começou com ensino fundamental, depois implantou o ensino médio, e o ensino profissionalizante sempre foi um sonho. Sempre foi uma demanda porque o nosso jovem pode terminar o ensino médio, mas pra ele ir para a cidade são 40 quilômetros, além disso, tem que ter um lugar para ficar, para fazer o pós-médio ou uma faculdade, e ele fazendo o pós-médio aqui, ele pode ficar na região mesmo, e a nossa clientela vem do agro, eles sobrevivem do que tem na região que são as plantações, leiteria, mineradoras. A região é agro, dessa forma, até o campo de trabalho para eles se torna mais fácil”.

Ao se referir às características dos alunos que têm a base da formação educacional no campo, o professor Anderlei Kremer de Castilho destacou o comprometimento dos estudantes, com os estudos, o que segundo ele, é um diferencial em relação aos demais grupos de alunos, e, também há mais frequência e mais pontualidade, conforme explicou ele.

E, no documentário, a técnica de educação do campo do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa (NRE), Angela Ebner, lembrou que esses alunos vivem uma realidade completamente diferente. “Eles moram distantes da escola, dependem de transporte, levam horas para chegar na escola. O interesse deles pela escola é único, eles amam estar aqui, é o momento de encontro para eles, e eles respeitam muito os professores e os professores são muito valorizados por esses estudantes. Eles pensam muito no estudo, no sentido de valorizar a sua região. É muito comovente quando encontramos alunos do campo falando que querem ficar aqui”, ressaltou.

Redação Página 1

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