NO AGROLEITE: Impacto das Políticas Públicas na Segurança Alimentar será debatido por quatro especialistas na manhã dessa quinta-feira

NO AGROLEITE: Impacto das Políticas Públicas na Segurança Alimentar será debatido por quatro especialistas na manhã dessa quinta-feira

Sandro Adriano Carrilho

O excesso de regulamentação e a possibilidade do Estado interferir na produção de alimentos é preocupante. Mundo a fora, a regulação do uso de novas tecnologias e de defensivos, bem como a própria interferência comercial já afeta o custo da produção de alimentos, dificultando sua disponibilidade, principalmente para os mais pobres.

Para debater esse assunto, a Calpar, em parceria com o Canal do leite e Canal Rural, traz na manhã dessa quinta-feira (18), às 10 horas, quatro especialistas que participarão no Agroleite de um Painel do Agro – edição internacional.

A reportagem do portal P1 News e jornal Página Um News conversou com Paulo Bertolini, médico veterinário, agropecuarista, diretor do grupo Calpar, fundador e diretor financeiro da Abramilho, e diretor e ex-presidente da Maizall – Aliança Internacional de Milho, que explicou a preocupação do setor. “Esse excesso de regulação, a mão pesada do Estado, tem afetado a velocidade com o que as novas tecnologias são adotadas por vários países. Tem a Europa que possui uma burocracia muito pesada, tem a Argentina que além da burocracia, sofre com a exportação, com a interferência de câmbio na exportação, um desestímulo para a produção lá; e o Brasil que tem ano após ano falado mais sobre regulamentar a produção brasileira, inclusive é um plano de governo de um partido político nessas eleições. E, a gente vai discutir isso e o que essas medidas podem afetar na segurança alimentar”.

Bertolini acrescentou que “tanto a regulamentação nos países de destino, que criam barreiras comerciais, quanto nos países de origem, de onde é produzido, tem encarecido a produção de alimentos. Na Europa, por exemplo, onde palestrará Pedro Gallardo, produtor em Andaluzia, eles querem obrigar a implantação de 25% da agricultura orgânica, como lei. O que acontece é que a agricultura orgânica não é tão produtiva como a agricultura moderna, convencional, que utiliza biotecnologia e outras técnicas. Também querem reduzir pela metade o uso de fertilizantes e defensivos agrícolas, sem criar nenhuma alternativa em substituição a isso, o que acarreta o risco de diminuição significativa da produção total de a limentos, consequentemente o aumento dos preços. A discussão é trazer a experiência da Argentina, da Europa, e também debater isso no Brasil, o que isso afeta, quais caminhos a se evitar e as oportunidades que vamos ter em função desse cenário”, acrescentou Bertolini.  

Debatedores

O painel trará um debate de pessoas que já conviveram com o problema ou são especialistas no assunto. Traz um alerta para os riscos com consequências irreversíveis se o país caminhar numa direção equivocada na produção de alimentos, permitindo uma regulação inadequada ou dando um poder muito grande a políticos e burocratas.

A mediação ficará por conta de Giovane Ferreira, com introdução de Paulo Bertolini. Os especialistas convidados são Eugênio Stefanello, mestre em Economia Rural e ex-presidente da Conab; Miguel Daoud, palestrante e analista político e econômico especializado em Agronegócio; Pedro Vigneau, presidente da AApresid e presidente da Maizar; e Pedro Gallardo, presidente da Asaja Cádiz e vice-presidente da Copa-Cogeca.    

Redação Página 1

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