Da Redação
Carambeí – A juíza Daniela Flávia Miranda, da 139ª Zona Eleitoral, determinou a suspensão, sob pena de multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento, da exibição do vídeo da coligação da candidata Elisangela Pedroso onde acusa o candidato a vereador Márcio Taques, de ter pagado para uma terceira pessoa (Josemeri Ferraz) para denunciá-la por corrupção durante a gestão de Alci Pedroso, ex-prefeito do Município de Carambeí e pai de Elisangela.
No despacho a juíza determina que o Facebook Brasil promova a suspensão da publicação no prazo de um dia a partir de sua intimação. A juíza amparou sua decisão no fato que “não é possível saber se as interlocutoras cujas vozes se encontram em off realmente são quem o vídeo diz ser (Elisangela e Josemeri); ainda que se considere que as vozes pertencem à Elisangela e Josemeri, não é possível saber quando ocorreu a gravação e se realmente se refere aos fatos descritos na reportagem”, aponta o documento.
A juíza cita também que a gravação é dúbia, na medida em que há a discussão sobre uma informação que teria sido dada por Josemeri a Márcio em troca de R$2 mil para amortização de dívidas com agiotas, mas em momento algum nenhuma das interlocutoras esclarece qual teria sido essa informação – não sendo possível, portanto, associá-la inequivocamente à denúncia e à matéria jornalística.
Há uma única menção no diálogo a respeito de uma ata que teria sido feita por Josemeri, aparentemente a pedido de Márcio. Contudo, em momento algum no diálogo se menciona que o conteúdo da ata seria falso. O que se depreende do conjunto do diálogo é que Márcio teria dado (ou emprestado) R$ 2 mil para Josemeri, com a promessa de auxiliá-la com o remanescente da dívida com agiotas (não estando claro se mediante a entrega de mais dinheiro), em troca de apoio político, mas depois teria voltado atrás.