IAT promove nova queimada controlada de espécie exótica no Parque de Vila Velha

IAT promove nova queimada controlada de espécie exótica no Parque de Vila Velha

Da Assessoria*

O Instituto Água e Terra (IAT) promoveu na quarta-feira (23) nova ação de queimada controlada da árvore exótica invasora pinus no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A atividade feita em parceria com o Corpo de Bombeiros do Paraná reuniu 16 brigadistas e resultou na erradicação da espécie em uma área de 20 hectares. A medida é necessária para que o pinus não se prolifere e prejudique a biodiversidade da vegetação local.

Gerente de Biodiversidade do IAT, Patrícia Calderari explicou que uma espécie é considerada exótica ou invasora quando se estabelece fora de sua área de distribuição natural e, sem a intervenção humana, tem a capacidade de sobreviver e proliferar, avançando sobre espécies locais e ameaçando habitats naturais, o que causa impacto ambiental negativo.

Esse é o caso do pinus. Espécie de pinheiro, originário da América do Norte, foi inserido no Brasil há mais de um século para fins ornamentais. Porém, desde 1960, é cultivado em larga escala comercial como matéria-prima em indústrias de madeira, laminados, resina, celulose e papel, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País.

A dificuldade do controle do pinus, ressaltou a gerente, se dá pela anatomia das sementes. Elas são leves e possuem um formato alado, que favorece a aerodinâmica para voarem por até oito quilômetros de distância da árvore-mãe.

“O pinus tem a sua importância econômica, mas a dispersão descontrolada das sementes é prejudicial. O resíduo florestal do pinus, que parece um capim, cobre o chão e essa cobertura do solo impede que a vegetação nativa dos campos prospere. Essa vegetação vai morrendo e perdendo habitat”, afirmou.

Paraná Mais Verde 

A Política Nacional da Biodiversidade (2002) recomenda a erradicação e o controle de espécies exóticas invasoras que possam afetar o ecossistema. Esse mesmo documento propõe que o Poder Público deve determinar medidas para evitar a degradação ambiental quando existir evidência científica de risco sério e irreversível para a diversidade biológica.

Nesse sentido, através do Programa Paraná Mais Verde, o Instituto Água e Terra possui a produção de mudas nativas em seus 19 viveiros florestais, uma das seis linhas de atuação para a preservação da biodiversidade estadual, com a finalidade distribui-las por todo o Paraná para a recuperação das áreas degradadas e alteradas – no início do mês, o Paraná chegou na marca de 8 milhões de mudas nativas distribuídas.

*Com AEN

Redação Página 1

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