Covid completa um ano como pandemia

Covid completa um ano como pandemia

Luana Dias

Há um ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Covid-19 como pandemia. Se passaram mais de 360 dias e a humanidade, que ingressou nesse período difícil sem saber quanto tempo levaria para passar, ainda não sabe lidar com os desafios, com as restrições e, sobretudo, com as perdas que o surto dessa doença até então desconhecida, causaria em todos os setores que fazem parte da estrutura atual da sociedade.
Quando apareceram os primeiros casos, inicialmente de uma pneumonia de origem desconhecida, na cidade de Wuhan/China, ninguém poderia imaginar a dimensão que a situação tomaria. Em janeiro de 2020 a causa da pneumonia, que mais tarde foi chamada de Covid-19, foi identificada. Descobriu-se que ela era provocada por um novo vírus, da família do coronavírus, e menos de uma semana depois foi registrada oficialmente a primeira morte, em Pequim.

Rapidamente o número de casos e de mortes se multiplicou e o vírus chegou a todos os continentes, deixando pessoas em todo mundo perplexas. No dia 6 de março a epidemia já atingia a marca dos 100 mil casos, e países como a Itália davam início a períodos de confinamento e restrições, para tentar frear a velocidade do contágio.

Em 11 de março a OMS classificou a Covid-19 como pandemia. A essas alturas a economia de todo mundo já sentia os reflexos e mercados financeiros começaram a ruir. Termos como lockdown e quarentena passaram a fazer parte da vida das pessoas, e medidas nunca antes imaginadas começaram a ser implantadas, inclusive no Brasil. Um silêncio assustador passou a pairar até em grandes centros e em lugares onde comum, sempre foi a movimentação. Tudo isso anunciava que o que antes era conhecido como normalidade, estava sendo formatado, e que a realidade em todo mundo mudaria, infelizmente, não para deixar boas lembranças.

A rotina de todos mudou, para alguns de maneira mais drástica, para outros nem tanto, mas todos foram e ainda são, de alguma forma afetados. Para uma senhora de 80 anos de idade que ia à igreja todos os domingos, assistir à missa pela tela do celular passou a ser o novo normal. Para milhares de crianças e de jovens que diariamente e de forma muito dinâmica se deslocavam para escola, estudar em casa, ou, (para alguns, no topo de um monte, único lugar na região de sua casa onde chega a internet), é o novo normal. Para um profissional executivo de 65 anos de idade e que há 30 faz o mesmo caminho para trabalhar no escritório onde executa seu ofício, trabalhar em casa, fazer reuniões e tomar reuniões apenas na frente do computador é o novo normal. Para famílias e amigos que em datas especiais, reuniam-se, em numerosos grupos para comemorar, celebrar um aniversário, por exemplo, cantando parabéns on-line, é o novo normal. Para o pequeno agricultor que sequer sabia manusear um smartphone, comercializar seus produtos apenas pela internet, é o novo normal. Além disso, incontáveis encontros vêm sendo adiados, e pessoas de todas as idades vêm abrindo mão e privando-se das mais prazerosas atividades, esse tem sido o novo normal.

Muito além desta realidade individual, que alterou a rotinas das famílias, existe uma realidade global que abrange números inimagináveis e muito tristes. De acordo com as últimas atualizações, feitas pelos órgãos que monitoram a pandemia pelo mundo, o coronavírus já tirou a vida de mais de dois milhões e seiscentas mil pessoas (2.621.944 até 21 horas do dia 11 de março), além disso, mais de 118.119 milhões de pessoas já foram infectadas. O Brasil inclusive, vem batendo recordes a cada dia, com registros cada vez maiores no número de mortes. Até na tarde de quinta-feira (11) já tinham sido registradas mais de 272 mil mortes, sendo que mais de duas mil, apenas nas últimas 24 horas. O número de casos no País já é superior a 11.200 milhões.

Vacina
Não havendo tratamento precoce e nem alternativas terapêuticas recomendas por órgãos como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Sociedade Brasileira de Infectologia, a esperança de todos está na vacina. Depois de meses de estudos, de testes, de investimentos e de muito trabalho por parte da ciência, chegaram no Brasil as primeiras doses, no final do ano passado.
A aplicação da vacina começou no País no dia 18 de janeiro, e encheu de esperança uma população que estava acostumada com notícias baseadas nos números mais tristes que está geração já acompanhou. No entanto, o ritmo com que a imunização vem ocorrendo no Brasil abala os ânimos e faz pensar que irá demorar muito, até que todos estejam seguramente imunizados. O processo segue lento graças à falta de insumos, por entraves políticos e porque o País, assim como todos os demais no mundo, não estava preparado para lidar com algo tão grande, e tão desafiador.

Variantes
Não bastasse tudo o que a pandemia já causou por aqui, ainda surgiram variantes da Covid-19 no Brasil e em outros países. A que foi identificada em Manaus, por exemplo, é mais transmissível e mais letal que o vírus original. Assim, enquanto a vacina não chega para todos, as recomendações que começaram a fazer parte da rotina há um ano – uso de máscara, distanciamento e isolamento social e higienização constante das mãos – são ainda mais necessárias de serem aplicadas.

Região
Assim como em todo Brasil, em Castro e na região de circulação do Página Um News vem aumentando significativamente o número de casos e de mortes causadas pela Covid-19. O primeiro caso foi registrado na cidade de Castro no final de março de 2020, e, o primeiro óbito ocorreu no dia 25 de julho, no mesmo mês o número de casos passou de 200, saltando para mais de mil e cem no mês de agosto. No mês de outubro o número de mortes chegou a 10, e dobrou, ainda em outubro. Em dezembro já eram mais de três mil casos e mais de 40 mortes. Em janeiro deste ano Castro ultrapassou a marca dos cinco mil casos e chegou a mais de 50 mortes, e, na quinta-feira (11) chegou a 5.388 o número total de casos. Com um novo óbito confirmado, já são 77 mortes em decorrência da doença.
A cidade de Tibagi soma 1.148 casos e 33 óbitos; em Carambeí já foram registrados 1.610 casos e 32 óbitos; na cidade de Palmeira 1.1312 casos e 26 mortes; em Telêmaco Borba 9.188 casos e 141 mortes; na cidade de Piraí do Sul já faleceram 32 pessoas em decorrência da Covid e foram registrados 1.456 casos, e em Jaguariaíva foram registrados 1.869 casos e 43 óbitos.

Redação Página 1

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