Chuvas são favoráveis na reta final da safra de soja

Chuvas são favoráveis na reta final da safra de soja

Luana Dias

O volume de chuvas registrado esta semana no Paraná vem surpreendendo. Embora o mês de janeiro tenha como característica chuvas intensas, pelo que indicam as previsões o volume dos últimos dias ficará acima da média no estado.

Para os produtores de soja, a chuva deste período vem melhorando as expectativas quanto à produtividade do grão, afinal, no início da safra atual as temperaturas estavam altas e a umidade do ar baixa. A condição, desfavorável para a cultura, acabou atrasando o ciclo em algumas lavouras. Porém, agora com a proximidade da época de colheita, a presença da chuva permite ao produtor acreditar em maior rendimento na lavoura. A estimativa inclsuive, é de uma safra com produção superior a 20 milhões de toneladas. “O cenário mudou, estávamos com bastante seca no início do plantio, com temperatura alta e umidade baixa, condições bem desfavoráveis, mas as chuvas dessas últimas semanas que antecedem a colheita, de certo modo garantem produtividade considerável”, destacou o doutor em economia e chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Salatiel Turra.

A soja, como bem lembra Salatiel, é uma das principais culturas do Paraná. É uma commodity bastante exportada, e atualmente está num cenário favorável para a entrada de divisas no estado, o que vem ao encontro do anseio de retomada na economia local. “De modo geral, para a soja o cenário atual se tornou bastante positivo”, ressaltou, revelando que as colheitas geralmente começam até mais cedo, mas justamente porque o clima estava seco no início do desenvolvimento das lavouras paranaenses, elas ficaram para final de janeiro, início de fevereiro. Com o cenário atual, as colheitas devem se estender até início do mês de março.

Área de milho pode ser menor

As atuais circunstâncias da produção da soja também podem impactar na produção de outras culturas. Salatiel Turra explica, por exemplo, que quando as temperaturas atrasam o desenvolvimento e colheita da soja, a área destinada à cultura do milho de segunda safra, pode ser reduzida, porque costumeiramente, depois da colheita da soja, a área é ocupada com o plantio do milho, e em casos como o desta safra, o período estendido de colheita atrasa o cultivo do grão.

Mesmo assim, defende o economista, o produtor certamente não irá deixar de investir nas lavouras de milho. “Trabalhamos com tecnologias cada vez mais aperfeiçoadas, buscando uma precocidade interessante, além disso, os preços também estão muito significativos para produtor de milho, e se existe tecnologia boa e preços interessantes, o produtor arrisca”, afirma.
Salatiel Turra também destacou à reportagem o quanto vem fazendo a diferença nos índices finais e dia a dia do produtor rural, a busca por assistência técnica. O que segundo ele, é altamente positivo no campo e para aperfeiçoamento da produção. “Os produtores estão buscando cada vez mais assistência técnica, buscando orientação, conhecimento para investir em tecnologias, e isso tudo dá um retorno muito positivo na lavoura”, finaliza.

Redação Página 1

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