Polícia conclui investigações de feminicídio ocorrido em PG

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Da Redação*

Ponta Grossa – A Polícia Civil, através do setor de homicídios, concluiu as investigações do feminicídio de Maria da Luz Alípio, ocorrido no dia 17 de fevereiro, na região do Cara-Cara, em Ponta Grossa.

No dia do crime, as investigações apontaram que o indiciado, que era namorado da vítima, a estrangulou até a morte, supostamente motivado pelo sentimento de desprezo que os familiares da vítima nutriam por ele, sem que Maria tenha tido qualquer chance de defesa.

Depois de estrangular a vítima, o suspeitou encaminhou mensagem de áudio para familiares de Maria da Luz, dizendo:

“É Carol.. Vocês conseguiram, viu? Vocês conseguiram! Tanto que vocês me desprezaram, tanto que vocês me humilharam, que queriam ver tua mãe longe de mim, vocês conseguiram, parabéns! Tua mãe não está mais comigo, mas também vocês não vão ter ela mais… essa mensagem fica pra “keka”, porque quando nós morava lá no […] perto do polaco, na outra casa, que tua mãe me expulsou de casa, jogou minhas coisas pra fora como se eu fosse um lixo e a “keka” encheu eu de chute, eu jurei, aquele dia eu jurei que tua mãe não ia ser de ninguém mais. Se ela não fosse minha mulher ela não ia ser mais de ninguém. E hoje, vocês, que tanto me desprezaram, que tanto quiseram ver eu longe da tua mãe, vão ver eu longe da tua mãe, mas eu ainda vou ter chance de encontrar ela, mas vocês não mais, tá bom? Vocês conseguiram, parabéns! Mas vocês não vão ter a mãe de vocês mais também. Mas eu fico feliz que ela ligou para vocês já hoje. Adeus, Carol! Adeus a todas vocês que me desprezaram o tempo inteiro”, disse o suspeito.

O investigado, que tentou fugir e mobilizou todo o efetivo policial da região, acabou sendo preso dois dias depois do crime na cidade de São Mateus do Sul, a 122 quilômetros de Ponta Grossa.

Diante do amplo conjunto de provas obtidas no curso das investigações, o suspeito acabou indiciado pela prática do crime de feminicídio, com as agravantes de impossibilidade de defesa da vítima e motivo fútil, cuja pena pode chegar a até 30 anos de reclusão, sendo pedido ao Poder Judiciário que seja mantida a prisão preventiva já decretada.

Agora, o Inquérito Policial está com o Ministério Público do Paraná, que deve analisar todas as informações coletadas para fins de oferecimento de denúncia.

*Com 13ª SDP

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