Ex-delegado de Castro é alvo de operação do Gaeco

Ex-delegado de Castro é alvo de operação do Gaeco

Matheus de Lara*

Curitiba – Durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), na manhã desta terça-feira (19), o ex-delegado da cidade de Castro, Matheus Laiola, foi um dos alvos da segunda fase da Operação Mônaco, que cumpriu também quatro mandados de busca e apreensão em residências de ex-agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Capital.

Laiola atuou em Castro no ano de 2012, segundo apurou a reportagem do Página Um News.

Operação

Conforme o Ministério Público do Paraná (MPPR), a investigação começou em fevereiro de 2019 e envolve além de Matheus Laiola, três investigadores ligados à delegacia na época – dois deles já se aposentaram, e o terceiro está em outra delegacia. Um quarto investigador já tinha sido alvo de mandado de busca na primeira fase da operação, que ocorreu em julho do ano passado. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.

As investigações do Gaeco apuram possível crime de concussão (crime praticado pelo servidor público que usa de sua função para exigir vantagem indevida). “A pretexto de haver irregularidades em um dos postos de combustíveis de uma rede, o grupo teria apreendido um funcionário do posto, encaminhando-o à Delegacia, onde o teriam retido por cerca de seis horas numa sala, exigindo inicialmente R$ 50 mil para liberá-lo – quantia depois diminuída para R$ 10 mil, e que teria sido paga em dinheiro pelo dono do posto ao grupo de policiais para o funcionário ser liberado”, explica o Ministério Público.

Delegacia de Meio Ambiente afirmava que o estabelecimento possuía óleo irregular no espaço, mas em nenhum momento registrou a ocorrência no sistema, segundo o Gaeco. O fato teria ocorrido em 14 de fevereiro de 2019.

Após a operação desta terça-feira (19), no cumprimento dos mandados, foram apreendidos R$ 29,2 mil, US$ 1 mil, uma arma de fogo, 16 celulares e equipamentos eletrônicos.

Laiola que é pré-candidato a deputado federal, e usou as redes sociais para se posicionar sobre a ação da Gaeco.

Recebi na manhã desta terça-feira (19), agentes do Ministério Público na minha residência. Muito estranho, pois os motivos da visita não tem qualquer relação direta comigo. São fatos ocorridos há quase três anos e coincidentemente no período que me afastei da chefia da DPMA e me tornei pré-candidato a deputado federal. Os agentes foram até a minha residência para cumprir o mandado de busca e apreensão. Sempre colaborando com qualquer investigação, entreguei os objetos solicitados. Reforço que estou sereno e confio plenamente na Justiça, no entanto, não iremos ficar calados diante de tal denúncia que partiu de pessoas maldosas e que nada fizeram pelo bem da comunidade. Agradeço desde já o apoio de todos, e seguiremos ainda mais fortes no objetivo de servir e compartilhar boas ações. Nada vai me desmotivar na luta pela causa animal. Nada vai me tirar a vontade de mudar efetivamente a proteção animal no Paraná e no Brasil“, descreve Matheus Laiola.

*Com MPPR

Foto: Divulgação

Redação Página 1

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