Matheus de Lara
O aumento dos incêndios florestais vem preocupando diversos ambientalistas em todo o mundo. Nesse aspecto, a reportagem do Página Um News, levantou informação através do sistema do Corpo de Bombeiros, que a cidade de Castro registrou 17 focos de incêndio em vegetação no início do segundo semestre de 2021, ou seja, em julho foram 11 e em agosto até quarta-feira (4), seis focos. Por outro lado, entre janeiro e junho desse ano houve apenas uma ocorrência.
Em conversa com o comandante da unidade de Castro, tenente Paulo Marcelo Ribas Ribeiro, disse que o aumento das ocorrências se deve ao fato da vegetação seca, devido as forte geadas ocorridas, e o baixo índice de chuvas. De acordo com Ribeiro, as causas dos incêndios “podem ser diversas, desde uma ‘bituca’ de cigarro lançada de forma negligente, a um foco de incêndio proposital. Elas também podem ser causadas por fogueiras acessas durante acampamentos ou pescarias, brincadeiras de crianças, ou até mesmo ao vandalismo que pode querer prejudicar alguém ou só a vontade de destruir mesmo, ocasionada muitas vezes pela desocupação e a falta de educação, e também da queima para rebrota de pastagens e limpeza de terrenos, que muitas vezes acabam saindo do controle”.
Para o tenente, dos 17 focos de incêndio não é possível afirmar se são criminais. “Apesar de as características apontarem para esse tipo de ação criminosa, o desleixo de algumas pessoas, com o descarte de lixo em locais inadequados, a falta de limpeza de terrenos baldios, e de queimar entulhos, móveis, etc, fazem com que se perca o controle sobre as chamas”, afirma.
De acordo com Ribeiro, os locais mais propícios que ocorrem os incêndios em vegetação são “em terrenos baldios, próximos de residências que geram incômodos aos moradores, que acabam optando por atear fogo ao invés de manter o local roçado. Além disso, área de banhado, nas margens de rios, ao norte da cidade que tem grande incidência, regiões com grande concentração de vegetação, nos bairros mais afastados, encostas e acostamentos de estradas rurais que colocam em risco plantações e silagens”, explica.
Dos incêndios atendidos até dia 4 de agosto, Ribeiro descreve que “boa parte dos casos dentro da área urbana, a resposta rápida faz com que não atinja grandes proporções. Recentemente atendemos um grande nas proximidades do clube de campo”.
Se for constatado a infração e identificado o responsável pelo incêndio, é indiciado e responde legalmente além de multa. Ao final da entrevista, o tenente vez um alerta para as pessoas que desconhecem os incêndios e as vezes ignoram o perigo que oferece. “A poluição traz e agrava os problemas respiratórios. O risco de acidentes de trânsito aumenta, uma vez que a fumaça dificulta a visibilidade. O Corpo de Bombeiros alerta a população para evitar queimadas, pois os prejuízos econômicos e ambientais são enormes”, finaliza.
Foto: Matheus de Lara