Um príncipe sempre será visitado, invejado ou elogiado pelos que estão “prisioneiros de ideias das Instituições que garantem seus empregos”. Um dia ele será considerado “ditador e sanguinário” mas no outro, pode ser um grande benfeitor, que vai cumprir “agendas inoportunas de visitantes indesejados”. Como Camões já revelou, em 1843, que “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”, seus súditos mover-se-ão para informar ao patriarca “tudo o que se sabe sobre a autoridade que vai receber”. Então ele calmamente vai poder ouvir “inverdades” e “pedidos” e até oferecer joias que ele considera “pessoais” para a família do visitante, porém ele saberá que já foram usadas como “motivo de prisões por apropriação indevida”. Ele terá cuidado, ao repetir este gesto com “líderes” da América Latina. O que restou, para os “habitantes que ficaram deste lado do mundo e foram retirados de liberdades sem qualquer justificativa”? Assistir tudo isso, diante das violências que foram pensadas contra eles por Poderes que ignoram a sua real função no País. Nada vai justificar “Pedidos e fotos que serão feitos com a Realeza”, pois aqui, “do mal ficaram mágoas e do bem, só as lembranças”. Nada mais.