O sentimento de Brasil estaria na marmita?

Sempre fui fascinado por Brasília. E li muito sobre o seu cenário histórico, todos afirmam que ela é “o centro político, caldeirão da diversidade, síntese do País, cidade monumento, que cumpre com perfeição o destino dos seus idealizadores!” Uma vez já estive nos gramados da Esplanada e nos espelhos d’agua do Congresso, fui levado pela multidão que mais uma vez fazia cobranças e protestos…na época eu era apenas o jovem que terminara o supletivo, que lia muitos livros e já consultava as leis municipais. Nos comícios da minha cidade, ouvia candidatos e promessas sempre repetitivas, de que trariam novas chances para nossa vida, que os nossos sonhos estariam sempre acima dos Interesses Individuais. Sempre replicavam, ao final dos seus discursos, que seu dever era com a nossa gente! Mesmo assim, eu terminava entregando “santinhos” na eleição, até que um dia entendi: O sentimento de Brasil era só para eles, que moravam nos prédios, tinham carros novos, se vestiam bem e falavam bonito, me deu a impressão que nunca venderam “doce de amendoim” naquela barraca do centro da cidade! Quando perdi meus pais, descobri que o importante era lutar reclamando de tudo de ruim que acontecia com o nosso bairro e assim, de bom exemplo como vereador, virei um Deputado Federal. Quando subi para as salas do Congresso e observei as amplas janelas de vidro, senti que finalmente chegara em casa. Nas reuniões intermináveis, chego antes dos outros, mesmo que me olhem desconfiados. Nas conversas que ouço, o destino do povo das cidades não parece ser prioridade, aqui parece que ninguém comeu de marmita. Mas eu sou firme e íntegro, então vou logo para o combate! Tenho chances de vencer !

Redação Página 1

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