No meu livro de cabeceira, João Coutinho faz diferentes ensaios sobre o papel da Política, que originalmente devia, ao lado da Justiça, defender as liberdades individuais e limitar o Abuso de Poder. Infelizmente, nos portais de notícias já é possível constatar que, agora, políticos – que antes eram antigos ativistas – agora assumiram novos papéis e anunciam que que tudo poderá ser regulado, inclusive o que se diz nas redes sociais, que deviam ter uma liberdade de expressão “mais vigiada”. O autor aprofunda a sua ideia em outro ensaio: um dia, ainda seremos “mentes cativas de uma nova fé”, mesmo que ela se resuma em “mensagens” que aos poucos vão sendo institucionalizadas por siglas ou por “inabaláveis intelectuais”. Essa sua rápida análise nos iluminou: não deveriam ser eles os novos guardiões do bem e da verdade? Ele conclui que, via de regra, a adesão da “massa” vai sendo voluntária, nascida de um medo primordial, pelo absurdo que se instalou. Com a “velha ordem em ruinas”, a população reacionária não vai ter como reagir ou fugir da nova “democracia popular”. Sem CNH ou Passaporte, devedores terão que ficar, para “acertar suas contas” com o “Partido Dominante”…