Testemunha Ocular. Elisangela e Alci ‘denunciados’ em esquema de cestas básicas

0 40

Da Redação

Carambeí – Uma grave denúncia feita ao Ministério Público Estadual MPPR – promotoria de Patrimônio Público -, na tarde dessa quarta-feira (4), envolve a candidata à prefeitura de Carambeí, pela Coligação ‘Nossa Terra, Nossa Gente’, Elisangela Pedroso de Oliveira Nunes e o seu pai Alci Pedroso de Oliveira, em esquema de desvio de cestas básicas.
A fraude em processos licitatórios para aquisição de cestas básicas, ocorrida no mandato do pai de Elisangela, Alci Pedroso, foi denunciada pela comerciante Josemeri Ferraz Silva na tarde dessa quarta-feira (4).
No documento encaminhado ao MPPR, Josemeri relata que trabalhou por seis anos no Mercado Bela Vista, em Carambeí, época em que o prefeito da cidade era Alci Pedroso. “Testemunhei fatos que não eram justos, pois o senhor Alci, sua filha Elisangela Pedroso e sua família se beneficiaram de um esquema de fraude de licitação, onde o mercado Bela Vista, que eu trabalhava, ganhou uma licitação para fornecimento de cestas básicas. Ocorre que toda a família Pedroso, incluindo o senhor Alci e sua filha Elisangela, faziam compras no mercado e mandavam descontar o valor do contrato de venda de cestas básicas. Quem pagava as compras caras do Alci e Elisangela era a Prefeitura, com a falsificação de documentos das cestas básicas”, descreve Josemeri. Ainda no documento encaminhado ao MPPR, a denunciante garante que foi ela quem acompanhou tudo, pois fazia a documentação e a parte de fornecimento. “A Elisangela chegou, inclusive, a fazer compras para churrascos e bebidas alcoólicas, e até para a casa da praia, mandando que essas compras fossem convertidas em cestas básicas e serem pagas pela Prefeitura, com o dinheiro do cidadão. Em certas oportunidades, a Elisangela me ligava e pedia para anotar o pedido de compra que depois passava pegar, sem pagar, pois descontava das cestas básicas”.
Funcionária do mercado, Josemeri descreve no documento que por ser empregada, cumpria as ordens do seu patrão, mas não concordava com o que acontecia. “Essas compras para proveito de Elisangela e família eram em torno de R$ 13 mil a R$ 14 mil todo mês. Tudo era transformado em nota fiscal de cesta básica e a prefeitura pagava por isso. O dono do mercado e o senhor Alci, inclusive, mandaram eu fazer a documentação para a licitação, para que o mercado ganhasse a licitação”. Josemeri vai mais longe e descreve que “teve caso, também, que as notas fiscais manuais sumiam, o mercado não era pago, mas o valor era sacado das contas da prefeitura por alguém, pois os pagamentos eram feitos em cheque. Posso afirmar que a Elisangela Pedroso sabia de todos os esquemas de fraudar licitação na compra de cestas básicas pois ela se beneficiava diretamente disso. Quanto ao mercado, o lucro era a margem do valor da mercadoria. Não havia sobre-preço pelo mercado. O que havia era o esquema da Elisangela, Alci e família Pedroso em comprar tudo do bom e do melhor para eles, mas às custas do dinheiro da Prefeitura”.
Ainda no documento, Josemeri diz que “fui chamada a prestar depoimento no processo criminal. No dia da audiência, um homem representando a família Pedroso veio até a mim e disse que o melhor era eu dizer que não lembrava de nada, que não ia acontecer nada comigo caso falasse isso. Na época fiquei com receio da minha integridade física e da minha família, e não pude falar o que sabia. Soube pela mídia que haviam sido condenados, mas achei que a Elisangela Pedroso também tinha sido. Porém, recentemente eu vi que ela sequer foi denunciada. Não respondeu processo algum. Achei isso muito injusto!”. No entendimento da denunciante, “não é justo que a Elisangela Pedroso saia impune sem devolver um centavo de tudo que gastou do dinheiro da Prefeitura, sendo que ela explorou tanto o povo de Carambeí e se beneficiou do dinheiro público, fazendo compras do bom e do melhor com dinheiro que era das cestas básicas.
Para atestar a veracidade de tudo que disse e com receio que algo lhe aconteça, Josemeri registrou todos os fatos relatados em ata notorial, bem como produziu um vídeo, para que fique devidamente registrada a denúncia, materiais esses que o Página Um News teve acesso.
Ao final do documento, a denunciante diz que “Elisangela Pedroso é uma pessoa que não tem a mínima condição de exercer qualquer cargo pois ela é igual ou pior que seu pai Alci, principalmente na hora de ter vantagem em cima dos outros, gastando dinheiro da prefeitura para satisfazer suas vontades pessoais”, concluiu.
Elisangela Pedroso de Oliveira Nunes, Alci Pedroso de Oliveira, e o dono do mercado citado, não foram encontrados para comentar sobre as denúncias levadas ao MPPR.

Deixe um comentário
× Fale com o P1 News!