‘Principal desafio é eleger Lula no primeiro turno’, diz Gleisi Hoffmann
Helcio Kovaleski
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, disse que o principal desafio é eleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente já no primeiro turno, no próximo dia 2 de outubro. A afirmação foi feita durante uma “Roda de Conversa” promovida pelo ex-vereador e candidato a deputado estadual Gerveson Tramontin Silveira (PT), no último sábado (6), no Rancho do Laco, no Centro de Ponta Grossa. O evento reuniu perto de 200 convidados – entre eles, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Péricles de Holleben Mello (PT), a ex-deputada federal Selma Shons (PT) e o ex-vereador Rogério de Paula Quadros (PT), além de várias lideranças de Ponta Grossa e representantes de Imbituva, Ipiranga, Ivaí e Palmeira. Depois da roda de conversa, Gleisi cumpriu agenda de outros compromissos na cidade.
“Eu diria que o principal desafio é vencer a eleição no primeiro turno, porque o povo brasileiro não merece um segundo turno – que, se acontecer, vai ser entre os mesmos contendores, com a mesma situação apresentada já no primeiro turno”, disse Gleisi. Segundo ela, a eleição presidencial se encerrar no primeiro turno será “importante para a consolidação da democracia brasileira e também pra gente iniciar o resgate dos direitos do povo”.
Questionada se o PT irá avançar na busca por mais apoios partidários, após a desistência do deputado federal André Janones (Avante-MG) da candidatura à presidência da República, na semana passada, Gleisi informou que o partido já está conversando “com diversos setores”. “O próprio MDB tem 13 diretórios estaduais que já apoiam o presidente Lula, [além de] parte do PSB e de diversos setores, sem contar os oito, nove partidos que nós já temos na coligação”. “E lideranças políticas e sociais que também estão se manifestando. Isso é muito importante, porque é uma campanha que é, na realidade, um movimento em defesa da democracia”, afirmou.
Sobre como um possível governo Lula fará para acomodar todas essas lideranças que vêm sendo arregimentadas nesta campanha, Gleisi foi taxativa: “Não é tempo para se pensar nisso. O tempo, agora, é de concentrar energia pra ganhar a eleição”.
Paraná
Gleisi destacou a candidatura do ex-senador Roberto Requião (PT) ao governo do Paraná. “Estamos juntos, Lula e Requião”, disse ela, lembrando que o atual governador, Carlos Massa Ratinho Jr. (PSD), candidato à reeleição, “está na articulação da campanha do [atual presidente Jair] Bolsonaro [PL] e não tem um projeto claro para o estado”. “E eu acho que nós temos que trazer de novo para o Paraná o projeto de participação popular, de inclusão social e de desenvolvimento social que o Requião fez tão bem quando era governador”, lembrou.
Campanha
Gleisi Hoffmann falou, também, das dificuldades de conciliar a sua atuação na presidência do PT nacional com a campanha à reeleição de deputada federal. “Às vezes, a gente tem dificuldade com as agendas, porque eu não consigo estar tão presente no Paraná quanto gostaria. Mas, na realidade, na linha política, o que eu falo e penso como presidenta também é o que eu penso e falo como deputada”, contou. “Então, nessa conciliação não há problema. Às vezes, eu só tenho que pedir desculpas às pessoas, porque eu não posso estar presente no estado por conta disso. Mas o pessoal me conhece, a gente tem relação, tem muitos companheiros e companheiras que ajudam, aqui, e estamos fazendo a campanha”, afirmou.
