Presidente da Maizall, Paulo Bertolini, cumpre agenda no Reino Unido para tratar da liberação da exportação de milho

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Emerson Teixeira

O diretor do grupo Calpar e presidente da Maizall – Aliança Internacional do Milho, Paulo Bertolini, cumpre, até a sexta-feira (3), agenda na Inglaterra para tratar de questões legais da exportação do milho após a saída do Reino Unido da União Europeia, que até o momento segue em regime especial.

“Uma das preocupações que nós temos, principalmente o Brasil, através da Maizall que representa a união dos três países, Brasil, Estados Unidos e Argentina, e juntos respondem por 50 por cento da produção mundial de milho e de 70 por cento do excedente exportável, é que após a saída do Reino Unido da União Europeia, toda a parte legal, regulatória no país está sendo refeita do zero e eles estão em atraso com as liberações de entrada e consumo de produtos transgênicos. Por exemplo, o milho brasileiro, em sua maioria é transgênico, tem um risco sobre a possibilidade de obstrução da entrada do produto no Reino Unido”, explica.

O governo britânico impôs novas restrições devido à nova variante ômicron e com isso membros da diretoria da Maizall dos Estados Unidos e Argentina não conseguiram viajar para o país, dessa forma, apenas Bertolini está participando presencialmente das reuniões, outros diretores, na medida do possível, participam das reuniões via Zoom.

“Na manhã de terça-feira (30) nos reunimos com os adidos agrícolas do Brasil, Argentina e Estados Unidos e com a diplomata brasileira, Letícia Leme, que trata do comércio internacional de produtos agrícolas pelo Itamaraty em Londres, e atualizamos sobre as nossas preocupações em relação ao atraso na liberação do mercado do Reino Unido, pedimos auxílio aos produtores”, relatou. Paulo Bertolini também se reuniu com representantes da FSA – Food Standards Agency (regulador inglês equivalente à Anvisa). “Nesta quarta-feira estou em Cambridge, norte de Londres, onde visito uma fazenda de pesquisas, similar a Embrapa”, conta.

A agenda do presidente da Maizall prevê, ainda, reuniões na quinta-feira (2) com representantes do órgão inglês equivalente ao Ministério da Agricultura no Brasil para tratar da regulamentação atrasada e também com deputados ingleses que integram a Frente Parlamentar da Agricultura.

Dos países que integram a Maizall, o Brasil lidera o volume de exportações de milho para o país europeu com 300 mil toneladas por ano, seguido pela Argentina, 200 mil toneladas e Estados Unidos ,100 mil toneladas. Outro dado destacado pelo presidente da Maizall que dá a dimensão da importância da viagem é que o Reino Unido importa 2,6 milhões de toneladas, sendo a Ucrânia o principal parceiro. Em 2020 foram 800 mil toneladas, em seguida está o Brasil, que de acordo com Bertoloni, tem aumentado o volume exportado, em 2019 para 183 mil toneladas e 195 mil em 2018. “Podemos avançar com nossas exportações pra eles”, frisa.

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