Manifestantes desocupam acampamento

Da Redação*

Manifestantes que mantinham acampamento em frente ao 5º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em Castro, retiraram as estruturas na tarde desta segunda-feira (9), após determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Alexandre de Moraes, para que a Polícia Militar desmobilizasse todos os acampamentos do país em até 24 horas. Segundo o comandante em exercício da Polícia Militar de Ponta Grossa, Major Marcelo Moreira Só, os acampamentos da região foram desmontados sem intercorrências.
Em Castro, integrantes do movimento que não concordam com o resultado da eleição presidencial, retiraram barracas e barreiras de contenção e, ao final do dia, o local já estava liberado.

Tanto em Castro, quanto em Brasília, manifestantes pediam a entrega do código fonte das urnas eletrônicas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e protestavam contra as nomeações dos ministros do novo governo. Inclusive, castrenses que estavam nos atos de domingo (8), na capital federal, já estariam retornando ao município.

Decisão

A determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ocorreu na madrugada de segunda-feira (9) e ordenou que polícias militares dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal cumprissem o estabelecido, sob pena de responsabilidade pessoal. “Determino a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”, cita o documento.

Moraes também proibiu a entrada de ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. Ele determinou ainda a apreensão e bloqueio de todos os ônibus identificados pela Polícia Federal, que levaram caravanas para o Distrito Federal. Segundo a decisão, proprietários deverão ser identificados e ouvidos em 48 horas, apresentando a relação e identificação de todos os passageiros.

*Com Agência Brasil