“Cedo para falar em pleito municipal”, diz Aline Sleutjes

“Cedo para falar em pleito municipal”, diz Aline Sleutjes

Luana Dias

A deputada federal castrense Aline Sleutjes (PROS), que tentava vaga no Senado nestas eleições, foi a sexta candidata mais votada entre os 10 que postulavam votos para o cargo. Sleutjes recebeu 89.560 votos, ou seja, 1,54% do total. Na frente dela ficaram a candidata Desiree (PDT), com 2,24% dos votos, Rosane Ferreira (PV), que teve 8,16%, e os três mais bem votados: Alvaro Dias do PODE, com 23,94% (1.396.089) dos votos, Paulo Martins (PL), que era apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e ficou em segundo lugar, com (1.697.962) 29,12%, e Sergio Moro (União) que foi eleito com 33,50% (1.953.188) dos votos.

Em Castro, cidade natal de Aline, a deputada recebeu 12.705 votos, o que corresponde a 33,98% do total. A cidade registrou 17,93% de abstenção no primeiro turno das eleições. Aline Sleutjes também teve votação expressiva em cidades como Jardim Olinda, onde recebeu 80,42% dos votos, 772 no total; e Piraí do Sul, onde foi a opção de candidata para o Senado para 35,38% dos eleitores, recebendo 4.291 votos.
Um dia depois das eleições, Aline conversou com a reportagem e explicou que, pelo menos por enquanto, não pensa no pleito municipal. Seu objetivo é ainda se dedicar à campanha política que definirá a presidência da República no segundo turno. “O plano é honrar cada minuto do meu mandato até o último dia, para deixar um grande legado. Sobre eleições municipais, é muito precoce para qualquer análise de cenário, meu foco agora é trabalhar arduamente no segundo turno presidencial, pois é a garantia da nossa liberdade, futuro e democracia do nosso País e de todos nós com um novo mandato do presidente Bolsonaro”, destacou.

A deputada também falou sobre os votos conquistados no pleito, e explicou que sua candidatura ao Senado, atendeu desde o princípio, ao pedido de muitos paranaenses. “Minha candidatura nunca existiu porque era fácil, minha candidatura é fruto da avaliação e do pedido de centenas de paranaenses de que era necessário que tivéssemos uma opção no cardápio eleitoral, que reuniria características diferentes das candidaturas postas, com uma mulher, de direita, conservadora, bolsonarista , municipalista e do agro. Tenho orgulho de ter sido candidata e orgulho de cada voto que recebi, pois eles foram dados de coração e por opção pessoal, não por negociação ou pressão. Ouvi centenas de vezes hoje nas mensagens e áudios, que quem perdeu foi o Paraná, não eu”.

Questionada sobre o que pode ter faltado para que conquistasse os votos necessários para ser eleita senadora, Aline afirmou que com o tempo deve ter respostas e aprendizado. “Não é muito produtivo ficar lamentando o que faltou, o tempo vai trazer os ensinamentos. O momento agora é de gratidão pelos votos que tive e o carinho das pessoas, o aprendizado da estrada. Campanhas passam, amizades e legado político fica”, ressaltou.

A reportagem também perguntou a Aline se acreditava que a cidade de Castro tinha demonstrado reconhecimento ao seu trabalho na Câmara de Deputados, na votação do domingo (2). “Em todos os cargos que eu ocupei na vida pública, Castro sempre esteve em primeiro lugar. Em uma eleição com 10 candidatos ao Senado, muito acirrada, Castro me escolheu com mais de 33% dos votos, isso é motivo de orgulho. Tenho certeza que deixei minha marca como vereadora, a mais votada, como deputada federal, a primeira da história de Castro, em relação aos recursos a que mais trouxe em um mandato, a primeira mulher da história do Brasil a presidir a comissão da agricultura, então de fato acredito que eu orgulho minha cidade, mesmo aqueles que não me valorizam ou valorizaram, eu os representei com todo o dinamismo, honestidade e produtividade. Minha missão sempre foi e será fazer meu melhor, apoiada ou não. Agradeço a Castro pelo legado que estou deixando no Paraná e no Brasil”, respondeu Sleutjes.

Sobre o segundo turno das eleições, Sleutjes declarou que espera “um processo limpo, digno e que respeite a escolha do povo brasileiro” e, também falou sobre o apoio de Jair Bolsonaro à sua candidatura. “Ele me pediu para sair ao Senado ano passado. Mas depois, andando pelo Paraná, percebi que a minha candidatura não dependia apenas do desejo ou apoio do presidente. Dependia do apoio do agro, das cooperativas, prefeitos, vereadores e instituições que atendi, e do desejo dos paranaenses que queriam renovação. Foi uma candidatura que nasceu para defesa das pautas que já foram trabalhadas no meu mandato de deputada federal, especialmente as pautas do agro, do cooperativismo e do municipalismo. O presidente tinha o tabuleiro do país inteiro para cuidar, montar alianças e palanques em cada estado, isso infelizmente, é do jogo e às vezes num jogo acabamos errando e perdendo. Ele sabe que meu apoio a ele não dependia do apoio dele a minha candidatura. Fidelidade não tem data de validade, e provei isso o todo tempo. Sinto por não estar no Senado para continuar lutando ao seu lado, votando, orientando e ajudando o governo a fazer o melhor pelo nosso País”, declarou.

A deputada concluiu a entrevista contando sobre as propostas que recebeu ao longo da campanha, e agradecendo ao apoio recebido. “Fui tentada várias vezes a vender minha candidatura, acertar cargo, pagar as dívidas de campanha, trair a confiança de meus apoiadores, mas minha consciência e o respeito a cada um que acredita em mim foi maior, pois campanha passa e meu nome e legado ficam. Agradeço a Deus pela saúde, força e coragem, ao meu marido, filhos e família pela paciência, apoio e garra de terem enfrentado tudo isso ao meu lado, aos amigos e apoiadores que de uma forma ajudaram financeiramente, pedindo votos, comprando brigas, me defendendo, chorando e sorrindo ao meu lado em cada momento destes oito meses de pré-campanha e campanha, enfim a todos que acreditaram neste projeto, minha gratidão eterna. Perdemos apenas uma batalha, mas não a guerra. O Paraná precisa de gente de coragem, que rompa o sistema e que acredite em si, espero que minha luta sirva de exemplo para que outros políticos surjam no tabuleiro do xadrez político paranaense, para termos verdadeiramente renovação”, finalizou.

Redação Página 1

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