Aline Sleutjes nega ter ameaçado não mandar recurso para Hospital Cruz Vermelha

Aline Sleutjes nega ter ameaçado não mandar recurso para Hospital Cruz Vermelha

Luana Dias

Em entrevista ao Página Um News, a deputada federal Aline Sleutjes negou que tenha ameaçado deixar de enviar recursos para o Hospital Cruz Vermelha de Castro, se a unidade não adotasse o uso e recomendação do chamado ‘tratamento precoce’ para cuidados com pacientes de Covid-19. O questionamento foi levantado depois que o prefeito de Castro, Moacyr Fadel, citou durante entrevista à uma emissora de rádio do município (na semana passada), que uma deputada, que tinha feito visita recentemente ao hospital, havia ameaçado não mandar mais recursos para a unidade se a mesma não adotasse o uso de tais medicamentos.

O prefeito não citou o nome de Aline, mas no final do mês de março ela visitou, e foi bastante divulgada sua visita ao Hospital da Cruz Vermelha em Castro, além disso, ela é defensora convicta do uso dos medicamentos que fazem parte do polêmico ‘tratamento precoce’. A reportagem perguntou à deputada se, nesta visita, chegou a recomendar o uso destes remédios ou mesmo se relacionou a vinda de recursos, conquistados por ela, ao uso de tais medicamentos. A deputada afirmou que, não sabe se o prefeito se referiu a ela e que não fez recomendação pelo uso do tratamento de prevenção à Covid.

“Jamais solicitei ao hospital qualquer tipo de protocolo, visto que o tratamento imediato deve ser adotado no atendimento básico e não no hospital que já é fase dois ou três da doença, onde o tratamento com os referidos medicamentos já não demonstra tanta eficiência. Nestas etapas são outros protocolos adotados. Quem me conhece sabe da minha conduta e do meu trabalho pelo Paraná e pelo Brasil. Uma pena neste momento de pandemia um prefeito ao invés de unir forças e agir contra o vírus, juntar forças para atacar quem trabalha e quem defende a vida, sem negacionismo e politicagem”, destacou.

A reportagem também perguntou à deputada, com base em que ela defende a adoção do ‘tratamento precoce’, já que segundo a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária, não há medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da Covid-19, e, ainda não existe comprovação científica sobre benefícios de tal tratamento aos pacientes, Aline, no entanto, não respondeu a esta pergunta.

Sobre as declarações, do prefeito e da deputada, a reportagem também tentou ouvir a direção do Hospital, porém, não conseguiu contato até o fechamento desta edição.

Redação Página 1

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