Mais três macacos morrem com febre amarela no Paraná

Mais três macacos morrem com febre amarela no Paraná

Luana Dias

A divulgação da morte de mais três macacos infectados (epizootias) pelo vírus da febre amarela, no boletim da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) desta quarta-feira (27), confirma que o vírus ainda circula no Estado. Os óbitos dos animais foram registrados no município de Palmas, na área da 7ª Regional de Saúde de Pato Branco, mas, outros dois municípios também apresentaram novas notificações para epizootias: Cantagalo, que faz parte da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava, e Dois Vizinhos, na 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão.

Em Castro, os últimos casos foram registrados durante o período epidemiológico (ou período de monitoramento) passado (entre 1 de julho de 2019 e 24 de junho de 2020), quando ocorreram 29 notificações de suspeita de epizootias, e 12 mortes confirmadas, e, de acordo com a Vigilância Sanitária do Município, houve redução nas mortes dos animais, com suspeita de febre amarela desde então.

Em todo Estado, no último período de monitoramento foram notificadas 900 epizootias, sendo que 299 foram confirmadas para o vírus amarílico. Já no atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2020 e vai até o mês de junho deste ano, até o momento foram notificadas 104 epizootias, sendo que 14 foram confirmadas para o vírus amarílico.

O Estado está no período sazonal da doença, que acontece de dezembro a maio, e segundo a Secretaria de Saúde, pelo estudo dos Corredores Ecológicos desenvolvido pelo órgão, em parceria com o Ministério da Saúde e Fiocruz, é possível predizer as áreas do Paraná em que há a presença do vírus com potencial de amplificação da doença. E, a análise mostra que as áreas com maior potencial para a ocorrência da doença se encontram atualmente nas regiões sudoeste, oeste e noroeste do Paraná. “O monitoramento das mortes dos macacos auxilia a traçar os caminhos percorridos pelo vírus, propiciando assim a adoção de medidas de prevenção de forma oportuna. Atualmente não há registro de casos humanos confirmados no estado”, destacou a Secretaria, por meio da assessoria.

O vírus e a relação com os macacos

A febre amarela é uma doença de transmissão vetorial que no Paraná se dá na forma silvestre, com ocorrência em regiões de mata, parques, áreas rurais, dentre outros. Os principais mosquitos transmissores da febre amarela silvestre pertencem ao gênero Haemagogus e Sabethes. Conforme tem sido esclarecido pelos profissionais da Saúde e Vigilância Sanitária, os macacos participam do ciclo da doença como hospedeiros, ou seja, podem desenvolver a doença, assim como os humanos, mas não transmitem a febre amarela.

Vacinação no Estado

Também de acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, a vacina de imunização conta febre amarela está na rotina do calendário Nacional de Vacinação, e disponível em todas as salas de vacinas do Estado.  A idade preconizada é uma dose aos nove meses de idade, e reforço aos quatro anos. É indicada a vacinação até os 59 anos, 11 meses e 29 dias. Segundo a Sesa, a orientação é para que a vacinação seja intensificada, de forma seletiva em todos os municípios do estado.

Redação Página 1

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