Associações reforçam alerta para falta de insumos de vacinação

Associações reforçam alerta para falta de insumos de vacinação

Da ALEP

Associações nacionais reforçaram o alerta do deputado Michele Caputo (PSDB) às autoridades públicas para agilizarem a compra de insumos – seringas, agulhas, algodão, entre outros – para a produção, distribuição e vacinação contra o coronavírus no Paraná.

“Se esperamos cumprir a meta de imunizar os profissionais de saúde, idosos e outras populações de risco no início do próximo ano, os governos devem se atentar aos desafios logísticos para a distribuição de vacinas. Não são apenas agulhas e seringas, mas também são algodão, máscaras, e equipamentos como refrigeradores”, explicou Michele Caputo, coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná.

Diversas associações brasileiras ligadas ao setor, reforçaram o apelo, repercutido pela imprensa nacional. Um deles é o superintendente da Associação Brasileira de Artigos e Equipamentos Médicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, que afirma que o setor pode não ter agulhas e seringas suficientes.

Situação – Desde julho, segundo Fraccaro, a Abimo alerta o governo para esse problema, mas até agora não recebeu encomendas nem um cronograma. O superintendente diz que a situação pode levar a um atraso considerável nas campanhas de vacinação.

“Em julho, levamos essa preocupação ao governo federal”, contou Fraccaro. “Em agosto, o governo organizou uma reunião com os três fabricantes, mas, daí para frente, nada mais aconteceu de concreto. E já estamos em dezembro e isso deveria estar decidido no máximo em setembro”.

Além da questão quantitativa, existe a questão de especificidades técnicas que cada vacina precisa, alerta Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed). Enquanto não se sabe quais vacinas serão compradas pelo Brasil, não dá para começar a fabricar as seringas.

“Precisamos ter essas informações da quantidade e das especificações técnicas, pois isso impacta o ciclo produtivo das empresas”, afirmou Silveira Filho, que também chamou a atenção para a possibilidade da falta de matéria-prima para produção de seringas, como plástico que compõe o tubo e o aço específico que permite fazer a agulha.

Vacina da Pfizer – Outra questão que ganhou repercussão após o anúncio da aprovação da vacina da Pfizer, é a cadeia de refrigeração, pois as doses desta vacina precisam ser armazenadas a -75° C, tecnologia que não é utilizada pela maioria dos centros de distribuição do Brasil.

Do ponto de vista da indústria, o país tem capacidade de fornecer a tecnologia necessária para guardar as doses, mesmo que seja a -75° C. “Precisamos destacar que o Brasil é referência mundial em refrigeração e possui um parque industrial e dezenas de milhares de profissionais qualificados para atender a demanda”, assegura o engenheiro Ariel Gandelman, membro do Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR).

“Nosso setor está à disposição e estamos prontos para fazer esse esforço conjunto, trabalhar imediatamente e atender os prazos”, comunica Gandelman. De acordo com a assessoria de imprensa, até agora o CNCR não recebeu nenhum tipo de contato por parte do governo. As informações são da revista Época e do jornal O Estado de São Paulo.

Vacina – Na sessão desta terça-feira (8) da Assembleia Legislativa, o deputado Michele Caputo (PSDB), destacou a iniciativa do governo federal de negociar a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer, fez apelos para não politizar a questão e recomendou que os governos adquiram as vacinas aprovadas pela Anvisa, independente dos laboratórios de produção dos imunizantes.

“Se quiser vacinar logo, se quiser proteger como deve as pessoas dos grupos de risco e também aquelas que são as mais expostas à contaminação, precisamos adquirir as vacinas disponíveis no mercado”, afirmou.

Aprovadas – Todas as vacinas que são comprovadamente eficazes e seguras, segundo Michele Caputo, devem ser consideradas pelos governos por conta da disponibilidade limitada de produção, além da aprovação pelas agências reguladoras ainda estarem ocorrendo. “Muitos países e governos estão adotando mais de uma vacina por conta da disponibilidade e dos registros que estão acontecendo e vão se dar em tempos diferentes”, explicou Michele Caputo.

O deputado citou o exemplo da Inglaterra, que já iniciou a vacinação da Pfizer e está produzindo a vacina da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Além da vacina da Pfizer e da AstraZeneca, Michele Caputo defendeu a compra da vacina do Instituto Butantan.

Redação Página 1

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