Uma história de amor que cruzou caminho de Castro

Uma história de amor que cruzou caminho de Castro

Cleucimara Santiago

A trajetória de sucesso da Clínica de Olhos de Castro é digna de um roteiro de cinema. Começou modesta, mas aos poucos cresceu, modernizou-se, sempre investindo em equipamentos de alta tecnologia e profissionais qualificados, até tornar-se referência na região. São 40 anos de uma história construída com muito trabalho, dedicação, conquistas e principalmente amor.
E foi justamente o amor que fez os médicos Paulo Magalhães e Rosa Ribeiro escolherem Castro para plantarem a primeira semente e colherem os frutos até hoje.
O casal se conheceu no primeiro ano do curso de Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória. Colegas de turma, foi justamente a decisão pela oftalmologia e a escolha de um livro sobre o assunto, que os uniu, e antes mesmo da formatura, em 1974 já estavam casados. Recém-formados e recém-casados, foram cursar especialização e residência em Oftalmologia no Rio de Janeiro. No Rio, em 1977 nasce Rejane, a primeira filha do casal.
Cansados da vida agitada da cidade grande, Dr. Paulo e Dra. Rosa decidiram que era hora de procurar um lugar tranqüilo para viver e que necessitasse de dois oftalmologistas prontos para o trabalho. Assim, em férias com o mapa rodoviário em mãos, muitos sonhos na cabeça e projetos na bagagem, partiram de carro do Rio de Janeiro em busca do desconhecido. A aventura que selaria seus destinos, começou pelo interior do estado de São Paulo, rodaram muito, mas não encontraram algo que fizesse seus corações baterem mais forte. De Itararé chegaram na divisa com o Paraná e pegaram a PR-151, na época ainda com vários trechos sem asfalto, a estrada os levou até Castro.
Ao falar da primeira vez que pisou nas terras do Iapó, em uma tarde ensolarada de janeiro de 1981, os olhos de doutora Rosa brilham. “Me apaixonei à primeira vista, o pôr do sol encantador, as ruas limpas, as praças floridas, um sentimento que não dá para explicar em palavras, decidi é aqui que eu quero viver”. Paulo concorda com a esposa, “era tudo muito lindo, tranqüilo”.
Sem saber, ainda, se haveria possibilidade de trabalho na cidade, hospedaram-se no Grande Hotel e no dia seguinte foram procurar os colegas de profissão. Dr. Libanio e seus filhos médicos Ronie e Reinaldo os receberam muito bem. Animado por encontrar uma cidade que preenchia seus anseios, o casal voltou ao Rio de Janeiro preparar a mudança para o Paraná.
Já instalados na cidade, montaram o primeiro consultório na Rua Dr. Jorge Xavier da Silva, 309, na residência das irmãs Lídia e Lola Nitzke. Todo começo tem suas dificuldades, “era uma única sala de consultório, simples, com pequena sala de espera no corredor das Nitzke. A secretária era a Helena Palharini, hoje Rabbers. Atualmente a casa é a loja dos Calçados Catarinense, que preservou a fachada histórica”, conta doutora Rosa. Com o crescente movimento, o casal sentiu a necessidade de montar uma clínica e de um espaço maior, mudaram então para o outro lado da rua, onde hoje é a Sorveteria do Gaúcho. O aumento de pacientes das cidades próximas, os fez ver que era hora de expandir, e assim foram montados os consultórios de Pirai do Sul e Jaguariaíva.
Em 1982 nasce Roberto, segundo filho, e em 1983, em Castro, nasce o caçula Ramiro, para completar a alegria da família.

Da construção da sede própria aos dias de hoje
Dra. Rosa e Dr. Paulo adquiriram o terreno na rua Padre Damaso, 300, região central de Castro e em 1992 construíram a sede própria da clínica, que hoje conta com três consultórios de Oftalmologia, um de Otorrinolaringologia e um de Ortodontia. No mesmo ano, convidados pela Unimed, Dra. Rosa iniciou o atendimento na unidade de Carambeí e no ano 2000 Dr. Paulo iniciou a unidade de Telêmaco Borba. Além de Castro, atualmente Dra. Rosa atende as unidades de Tibagi, Telêmaco e Carambeí; Dr. Paulo, as unidades de Piraí do Sul, Ivaí, Imbituva, Jaguariaíva e Arapoti, e Dr. Roberto, Castro e Pirai do Sul.
A Clínica de Olhos Castro, equipada com aparelhos da mais alta tecnologia, é a única na cidade a oferecer exames em Oftalmologia, como Topografia de Córnea, Paquimetria corneana, Microscopia especular, Retinografia digital com Mapeamento de Retina e Ultrassonografia ocular. Realiza, ainda, tratamento da Retinopatia Diabética através de injeções intra-vítreas de anti-angiogenicos. Atuando também como referência para as unidades da região, recebe pacientes atendidos em outras cidades para exames complementares e cirurgias ambulatoriais.
Cumprindo todas as normas de segurança, a clínica atende de segunda à sexta das 8 às 19 horas e aos sábados, das 7h30 às 12 horas.

Uma equipe gabaritada
Sob o comando de Dr. Paulo Magalhães e Dra. Rosa Ribeiro, uma equipe de profissionais altamente qualificados, a clínica oferece o que há de melhor em Oftalmologia.
Sempre se aperfeiçoando, os médicos-fundadores participam constantemente de congressos nacionais e internacionais, além de serem membros do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Associação Paranaense de Oftalmologia e da Academia Americana de Oftalmologia.
Dra. Rejane Ribeiro Peconick, a filha mais velha, formou-se em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especializou-se em Ortodontia e Ortopedia Facial no Rio de Janeiro. Atualmente atende na Clínica de Castro e em Carambeí, adaptando aparelhos ortodônticos tradicionais e agora o moderno aparelho invisível Invisalign. Rejane é casada com o carioca Leandro e mãe de Miguel e Frederico.
Dr. Roberto Magalhães Ribeiro, filho do meio, é oftalmologista formado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e integra a equipe realizando cirurgias de catarata no Hospital HGU, de Ponta Grossa. Morando e trabalhando em Curitiba,também realiza cirurgias refrativas e Cross Link no Hospital de Olhos do Paraná, onde tem consultório. Casado com Dra. Scheila, também médica, é pai de três crianças.
Dra. Scheila Gambeta Sass, a nora do casal, é otorrinolaringologista formada pela PUC, integra a equipe realizando cirurgias otorrinolaringológicas, tratamento do ronco e apnéia do sono. Realiza a domicílio o exame de Polissonografia, importante para o diagnóstico de vários distúrbios do sono.
Dr. Ramiro Ribeiro, filho mais novo, também formou-se em Medicina pela PUC-Curitiba, integra a equipe via internet fornecendo atualizações em Oftalmologia. Optou pela especialização em pesquisa científica tendo feito o curso em Los Angeles, Estados Unidos. Foi convidado a trabalhar em empresas de Nova Iorque e Seattle, e hoje radicou-se em Boston, cidade centro de pesquisa médica no mundo, sede de empresas como a Moderna, de vacinas contra a covid-19, e também local da famosa universidade de Harvard. Na Indústria Apellis se dedica à pesquisa científica para produção de novos remédios para doenças dos olhos. Ramiro exerce o cargo de Sênior Medical Director da Apellis, responsável pela pesquisa do medicamento para tratamento da Degeneração Macular Seca ou Atrofia Geográfica. Casado com Fernanda, empresária de moda, é pai de Isabela e a caminho está o pequeno Lucas.
Integram a parte administrativa da Clínica de Castro, as colaboradoras Emmanuelle, Vera, Gabriela, Zeneide e Franciely.
Cada unidade externa possui no local uma responsável para o atendimento aos pacientes.

Dra. Rosa, uma cidadã castrense
Com destacada folha de serviços prestados à comunidade castrense, foi aprovado pela Câmara Municipal de Castro o título de cidadã honorária à Dra. Rosa Ribeiro, que nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Espírito Santo. A merecida honraria só não foi entregue devido a pandemia do novo Coronavirus.
Atuante, sempre trabalhando em prol do próximo, Dra. Rosa é presidente do Lions Clube de Castro, assessora de visão do Lions Internacional para o Distrito LD-1 desde 1992. No Lions administrou vários projetos, sendo a idealizadora do Mutirão da Catarata de Castro que, com subsídio de LCIF (Fundação de Lions Clubs International), realizou 700 cirurgias em pacientes carentes dos Campos Gerais. Também foi a idealizadora do projeto que conseguiu a doação pelo Lions Internacional de um aparelho facoemulsificador para o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, atual Mackenzie. Amante de história, é membro da Associação de Amigos do Museu do Tropeiro. Seu esposo, Dr. Paulo, tem como hobby viajar. Conhece mais de 80 países e neles estudou a história e gastronomia de cada local. É excelente escritor, com crônicas publicadas em vários jornais, inclusive no Página Um.
A aposentadoria não faz parte dos planos do casal oftalmologista, que pretendem continuar se especializando nos modernos congressos oftalmológicos.

Histórias curiosas
Em um bate papo descontraído o casal relembra de alguns fatos que marcaram os 40 anos de profissão. São tantos que dariam um livro, mas o que realmente faz esses oftalmologistas brilharem é a realização pessoal de ter um paciente recuperado.

A culpa da Dra. Rosa
No ano de 1993, o Lions Clube de Castro organizou projeto piloto de Mutirão de Catarata e ofereceu às pessoas necessitadas 40 cirurgias gratuitas. Os membros do Lions iam na periferia do município testar a visão de pessoas acima de 50 anos. Aqueles que tinham visão abaixo de 40% eram encaminhados para exame na clínica. Foi encontrado na divisa de Castro com Ponta Grossa um senhor de 96 anos com acentuada baixa de visão. Ele estava sentado na cozinha com um cajado na mão e chapéu enterrado na cabeça. A visão era abaixo de 10%. A família questionada contou que faziam 30 anos que Sr. Pedro – este era seu nome -, não enxergava. Ele não conhecia seu neto e há muito não via seus familiares. Sr. Pedro foi operado de catarata pelo mutirão. No dia seguinte, na hora de tirar o curativo, os familiares estavam presentes e curiosos. Sua esposa, D. Maria, havia se arrumado e em sua simplicidade estava até de batom. Quando Dra. Rosa tirou o curativo, Sr. Pedro emocionou-se e abraçou o neto, já homem, que não conhecia. Todos se emocionaram. Ao olhar para D. Maria, Sr. Pedro exclamou: – Maria como você está enrugada! E todos caíram na risada. D. Maria retrucou: A culpa é da Dra. Rosa. Agora não posso esconder minhas rugas, você está enxergando.

O senhor Lions
Outro fato curioso que doutora Rosa conta entre risos, é sobre um projeto do Lions, que proporcionou óculos para os carentes. Na época também era comum políticos distribuírem óculos à população. Um senhor muito simples, após receber a doação dos do Lions, perguntou aos integrantes do clube de serviços onde estava o senhor Lions, pois gostaria de agradecê-lo pessoalmente, dar um abraço e tirar uma foto.

Um grito de felicidade
Doutor Paulo lembra de outra história, de uma senhora com catarata, há 5 anos sem poder enxergar. Operada de um olho, ela retornou para retirar o curativo. Quando Dr. Paulo destapou o olho e ela pode finalmente ver, a felicidade foi tanta que levantou-se e correu para a frente da clínica, gritando de alegria. O médico lembra que as funcionárias tiveram que sair correndo atrás dela, por precaução.

Paciente famosa
Dr. Paulo lembra de um acidente, quando Castro recebeu a seleção nacional de basquete para amistoso com o time da casa. Em meio a partida, a jogadora da equipe local bate com a unha no olho de Marta Sobral, pivô da seleção. O acidente causou séria lesão na medalhista olímpica que precisou ser operada com urgência para não perder a visão. Era noite e não havia tempo hábil, Dr. Paulo a socorreu, levou até a clínica, e fez a cirurgia com a ajuda da filha Rejane. A cirurgia foi um sucesso, a jogadora não ficou com nenhuma seqüela e pode continuar sua carreira.

Visita ilustre
Em março de 1998, o príncipe da Holanda Willem-Alexander Claus George Ferdinand, em visita ao Brasil, aproveitou para conhecer as comunidades de imigrantes holandeses dos Campos Gerais. E, foi assim que o hoje rei dos Países Baixos, Willem-Alexander, visitou a unidade da clínica dos olhos, em Carambeí.

Redação Página 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: O conteúdo é de exclusividade do Página 1 News.
× Fale com o P1 News!