Sete de Setembro volta a movimentar ruas de Castro

Sete de Setembro volta a movimentar ruas de Castro

Luana Dias

Depois de dois anos de Setes de Setembro silenciosos, com ruas vazias e aspecto apenas de feriados comuns, o tradicional desfile volta, com a participação de alunos, educadores, servidores, integrantes das forças de segurança, e representantes de diversas entidades. A expectativa é grande, tanto para quem já é veterano, como para quem irá desfilar pela primeira vez.

Entre os marchadores do Sete de Setembro estreantes estão os alunos do Colégio Estadual Professor Nicolau Hampf. Há muitos anos, estudantes da unidade não participam do desfile, mas neste ano se empenharam nos ensaios e, conforme contou à reportagem a pedagoga Reni Porto da Cruz, estão ansiosos para fazer uma bela apresentação. “Nossos alunos estão bem animados para participar, estão comprometidos e empolgados com os ensaios. Todos os dias, em algum horário, o diretor e o monitor militar, que estão organizando a participação, tiram os alunos que irão participar para ensaiar, inclusive, teremos um dia de ensaio junto com os alunos que integram a fanfarra do Colégio Joana Torres, que também é cívico-militar, iremos desfilar logo na sequência deles”, destacou.

Além de 50 alunos do Colégio, 11 professores também desfilarão neste ano. Reni conta que a pronta adesão surpreendeu positivamente aos organizadores do desfile. “Eu trabalho aqui desde 2017, e sei que bem antes disso alunos do Nicolau já não participavam do desfile, mas neste ano, quando houve o convite, eles foram confirmando por livre e espontânea vontade, assim como os professores, e, também houve adesão bem positiva por parte dos pais, familiares, que prontamente autorizaram a participação dos filhos”, explicou.

A pedagoga acredita que depois que o Colégio aderiu ao modelo cívico-militar, em 2020, os estudantes passaram a se interessar mais por questões relacionadas à Pátria, e isso influenciou a decisão, pela participação no desfile deste ano. “Acredito que a questão de sermos cívico-militares acabou por incentivar essa participação, porque eles passaram a aprender mais sobre questões de ordem unida, a usar farda, e estudam mais sobre os símbolos da Pátria, sobre a importância do respeito aos símbolos. Isso tem despertado neles a atenção e o desejo, tanto neste caso de fazer uma apresentação bonita e organizada, como na questão do civismo. Atualmente os estudantes demonstram muito mais interesse e se dedicam mais a temas que tem relação com a Pátria”, ressalta Reni.

Já os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Castro já acumulam a experiência de diversos Setes de Setembro. Eles têm inclusive a fanfarra própria, com 32 integrantes, entre alunos, professores e funcionários, e que juntamente com usuários do serviço de convivência e integrantes de outras salas de aula, ensaiam regularmente desde o mês de junho. Ao todo, 60 pessoas que representam a entidade irão desfilar no dia da comemoração da Independência do Brasil. “Os ensaios começaram em junho, a preparação dos instrumentos da fanfarra também, sob responsabilidade da professora Karina, de Educação Física, e no mês de agosto começamos a fazer o trajeto de rua e trabalho mais específico com as músicas, para entrar no ritmo. Antes o treino era feito aqui mesmo, no nosso espaço, agora eles já marcham pelas ruas durante o período de ensaio”, destaca a diretora Maria Alice Holowchak Bourguignon.

Já veteranos, os alunos demonstram entusiasmo e estão ansiosos pela apresentação. De acordo com a diretora, se tivesse mais tempo para a preparação e disponibilidade de transporte para todos, a APAE seria representada pela totalidade de alunos e usuários, afinal, é uma ocasião que os anima muito. “Estamos todos ansiosos, torcendo para que o clima, por exemplo, colabore. Os alunos gostam muito e em geral, se animam com a participação, todos querem participar, mas o desfile é uma atividade que exige aprendizado mais detalhado, e temos dificuldade com transporte para levarmos eles, então, infelizmente nem todos podem participar. Para integrar alunos de alguma forma nas atividades dessa data cívica, realizamos trabalhos em sala de aula, ensinamos a parte histórica, sobre os símbolos nacionais, desenvolvemos o projeto da semana cívica, cantamos hinos durante a semana da pessoa com deficiência, conseguimos fazer com que todos pudessem participar”, ressalta Maria Alice.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação, neste ano 51 entidades, entre escolas municipais, Centros Municipais de Educação Infantil, colégios estaduais e particulares, Corpo de Bombeiros, policiais, integrantes do 5º Esquadrão e outras instituições, irão participar do desfile. A concentração para início ocorre às 8h30, na Rua Coronel Vidal Martins de Oliveira, ao lado da Escola Municipal Dr Linneu Madureira Novaes.

Foto: Divulgação / Willian M. Carneiro

Redação Página 1

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