Projeto ‘Som na Rua’ realiza sua segunda edição

Projeto ‘Som na Rua’ realiza sua segunda edição

Emerson Teixeira

Quem passou pela antiga Estação Ferroviária, hoje Biblioteca Municipal, pode observar o movimento na plataforma de cimento que, em outros tempos, serviu para o acesso de passageiros dos trens e neste sábado foi palco da segunda edição do Projeto Som na Rua, um movimento independente, idealizado e realizado pelo músico e professor de música, Naymer Schmidtke.

Ele conta que é a segunda edição que é realizada formalmente. “Antes os encontros aconteciam aleatoriamente, a ideia é uma canalização de artistas, de músicos. A intenção primária era a música, mas começaram a surgir outras artes como pinturas, quadros, artesanatos e poesia”, cita.

O evento foi projetado para sempre ser realizado em local público e a princípio terá a Estação Ferroviária como palco. Nesta edição o público assistiu apresentações de instrumentos com a cítara, teve um momento de meditação com flauta japonesa, “é uma flauta ancestral que os monges usavam”, explica o músico.

Naymer descreve que a programação deste sábado contou com cinco momentos que envolveram apresentações programadas de músicas e poesias, além do palco livre. “O palco está disponível para as pessoas que voluntariamente querem expressar sua arte, mostrar a sua a sua música, sua pintura, querem expor seu material. O ‘Som na Rua’ é uma janela para que pessoas que produzem arte possam se expressar. Porque geralmente, principalmente aqui na nossa cidade, não temos muitos locais que você possa tocar sua música, se expressar artisticamente. O ‘Som na Rua” é isso, uma janela e também um lugar onde as pessoas se encontram e ficam se conhecendo. Cada vez mais, a cada evento que vai acontecendo chegam novas pessoas, já temos um grupo grande no WhatsApp”, acrescenta.

Público
O músico e organizador explica que o evento é aberto para todos os públicos, desde crianças até pessoas idosas que queiram expressar a arte através da música ou de outras formas de arte no palco do ‘Som na Rua. “Eles podem chegar na próxima edição e ‘olha eu gostaria de participar, tocar minhas músicas, um som autoral ou não’, temos o momento palco livre. Quem tiver presente ou quem estiver passando e chegar, e quiser subir no palco e tocar algum instrumento, o palco é livre”, enfatiza.

Apoio
O projeto surgiu da necessidade dos artistas contarem com um local organizado, com uma estrutura, para realizarem as apresentações. “Os músicos sempre se reuniam na rua ou em outros lugares, em praças ou de maneira aleatória, o projeto é uma maneira que encontramos de organizar e canalizar esse pessoal para estar lá e também incentivar a música e a arte da nossa cidade”, frisa.

O Som na Rua é um projeto independente e não tem vínculo e apoio do poder público. “Falo que é independente porque realmente não temos nenhum incentivo, da parte da prefeitura não vem muito incentivo, porque sempre estão com o orçamento meio fechado, é difícil então conseguirmos por meio de projetos, estamos caminhando com o ‘Som na Rua’, mas não abriu nenhum edital que a gente possa se inscrever para termos fundos. Todos os equipamentos, instrumentos que são utilizados são particulares, são meus, eu levo todos os equipamentos e disponibilizo como uma forma de incentivar a expressão cultural”, revela.

Maymer conta, ainda, que um músico veio de Ponta Grossa para se apresentar nesta edição e as despesas partiram do próprio bolso. “Para fazer realmente acontecer, é o que a gente gosta muito, e eu amo ver o evento sendo realizado”, enfatiza. Ele finaliza com a esperança de contar, em um futuro próximo, com a contribuição de mais artistas no palco e apoio do poder público e da sociedade civil organizada.

Redação Página 1

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