Presidente da Acecastro sai em defesa dos lojistas

Presidente da Acecastro sai em defesa dos lojistas

Da Redação

No mesmo dia em que denúncias chegavam ao Página Um News, afirmando que algumas lojas castrenses burlavam o decreto do Governo do Estado e atendiam seus clientes com as portas fechadas, a ponto das autoridades policiais estarem prontas para agirem caso se comprovasse, a reportagem buscou entrevistar o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Castro (Acecastro), empresario Rodrigo Rodrigues da Luz, que saiu em defesa da classe.

Por WhatsApp e no formato pergunta e resposta, Rodrigo respondeu todos os questionamentos.

Página Um News – Você condena esses lojistas que trabalham veladamente?

Rodrigo Rodrigues da Luz Temos que diferenciar o atendimento velado ou operacional administrativo. Estamos em época de fechamento de folha de pagamento dos colaboradores, fechamento de mês etc., apesar do decreto, não se pode parar totalmente a empresa. Temos compromissos, inclusive, com fechamento para pagar impostos, tanto municipais, estaduais e federais.

P1- Qual a posição do presidente da Acecastro quanto a informação que tanto fiscais da prefeitura, quanto a PM, agiria e multaria?

RodrigoA fiscalização deve ter o bom senso de diferenciar o que é uma ação que tenta burlar o decreto do que é uma ação de trabalho interno o qual não há intenção de prejudicar o decreto.

P1 – O presidente poderia estimar quanto será o prejuízo dos lojistas em ficar fechado de hoje [sábado, 27 de fevereiro] até 8 de março?

Rodrigo Prejuízo incalculável, especialmente nesse período de pagamento dos salários. Os clientes do comércio têm prestações para pagar, não só o consumo, tem o giro dos créditos concedido pelos lojistas aos consumidores, que também contam com esses recebimentos para honrar seus compromissos e fazer a máquina girar.

P1 –  Você acredita que o Governo do Estado foi rígido demais para com o comércio?

Rodrigo –  Na minha opinião pessoal, não vejo como uma medida que vai gerar resultados eficazes, pois o comércio não é o maior gerador de contaminação. Temos as reuniões informais, confraternizações e encontros sem os devidos cuidados como maior gerador da contaminação.

P1 –  Você acredita que o governo poderia ter dado um prazo para os lojistas programarem esse fechamento?

RodrigoCom certeza o que está acontecendo vinha se desenvolvendo há dias. Tivemos o primeiro fechamento do comércio para dar tempo ao poder público preparar para esse momento, o que pelo que estamos vendo não aconteceu. Poderia ser discutido um escalonamento nesse fechamento, deixando o comércio e os consumidores preparados, evitando todo esse transtorno e prejuízos que não são mensuráveis, tanto para o comércio, consumidores e estados. Estamos tentando sobreviver ao vírus e a crise financeira que já está presente em nossas vidas.

P1 – Quais são as maiores reclamações dos lojistas?

RodrigoEssa falta de fundamentação, é a discrepância do que é essencial. Todo comércio e trabalho que traz renda e sustento para família é essencial, ninguém tem esse direito de fazer a escolha do que é ou não é essencial.

Ao final da entrevista, a reportagem do Página Um News trouxe um vídeo onde um político condena as medidas de fechamento. Sobre esse assunto, o presidente da Acecastro respondeu que “concordo com o posicionamento de não restringir e sim ampliar o atendimento ao público para evitar a aglomeração de pessoas, comércio, bancos e qualquer atendimento ao público. O maior risco de contágio é o relaxamento do cuidado, não é por estar em ambiente familiar ou entre amigos que não devemos deixar de nos cuidar. O vírus não vem com identificação de quem está contaminado, é um inimigo invisível”, concluiu Rodrigo Rodrigues da Luz.

Redação Página 1

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