Por meio da literatura, detentos de Castro ganham chance de remição da pena

Por meio da literatura, detentos de Castro ganham chance de remição da pena

Da Assessoria*

Na busca pela ressocialização e pela oportunidade de reabilitação, dez detentos da Cadeia Pública de Castro estão engajados no projeto de remição da pena por meio do estudo e da leitura. Com o apoio ativo do Conselho da Comunidade local, da gestão da Cadeia Pública e do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná, essa iniciativa visa proporcionar uma chance de transformação e desenvolvimento pessoal para as PPL.

Sob a orientação de uma pedagoga especialmente contratada para o projeto, os detentos têm a oportunidade de se dedicar ao aprendizado e ampliação de seus horizontes por meio da literatura. O projeto não apenas busca estimular o interesse pela leitura, mas também oferece a chance de conquistar uma redução no tempo de detenção, conforme previsto pela legislação.
O diretor da Cadeia Pública de Castro, Elerson de Lima, expressou entusiasmo com a implementação do projeto, destacando que ações como essa refletem compromisso em proporcionar condições para que os detentos possam se reinserir na sociedade de forma mais positiva.

O Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná também endossou a importância da iniciativa, ressaltando que investir em programas de ressocialização contribui para a redução da reincidência criminal e para a promoção da segurança pública.
“É importante ressaltar que o transporte e a escolta dos detentos até a sala de aula são realizados pelo Setor de Operações Especiais da Polícia Penal do Paraná (SOE). Isso garante a segurança tanto dos detentos quanto da comunidade durante o deslocamento para as atividades educacionais”, explica Elerson.

O projeto de remição da pena pelo estudo e leitura não apenas beneficia os detentos envolvidos, mas também contribui para a construção de um ambiente carcerário mais voltado à reabilitação e ressocialização. A iniciativa, impulsionada pela colaboração entre o Conselho da Comunidade, as autoridades prisionais e a pedagoga, busca, de forma concreta, preparar os participantes para uma reintegração bem-sucedida à sociedade após o cumprimento de suas penas.
Além dos aspectos mais práticos do conhecimento, ler se tornou um meio de encontrar amparo em um ambiente onde uma série de restrições são impostas aos custodiados.

Dentre os benefícios proporcionados pela prática da leitura no ambiente prisional, está o resgate da autoestima dos ressocializandos.
A oportunidade de estar em contato com práticas educacionais possibilita novas perspectivas a essa parcela da população.
“Eu sei que é muito difícil ler lá dentro por causa da quantidade de pessoas e do barulho. Então, eles realmente fazem muito esforço. Quem lê um livro, quem faz um resumo bom ou médio, é quem realmente se esforçou, porque é um local muito difícil para fazer isso”, detalha o diretor.

Os detentos podem permanecer com os livros durante um período de no máximo 30 dias e devem fazer um relatório da obra após a conclusão da leitura, que é avaliado pela Comissão de Validação de cada unidade. Cada obra lida, depois do reconhecimento da Justiça, representa a redução de quatro dias da pena, considerando o limite de 12 livros lidos por ano e, portanto, 48 dias remidos como teto anual dessa modalidade de remição.

O projeto de remição pela leitura só foi possível na Cadeia Pública de Castro com o apoio do Ministério Público, representado pelos promotores, Simone Berci Françolin e Esdras Soares Vilas Boas Ribeiro; Conselho da Comunidade, representado por Edvaldo Moraes da Silva, que cederam espaço e também contrataram uma pedagoga; professora Marli Pejanoski, para corrigir os resumos dos Livros e a base SOE que fizeram a movimentação e garantiram a segurança do local durante o Resumo do Livro.

*Com Redação

Redação Página 1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: O conteúdo é de exclusividade do Página 1 News.
× Fale com o P1 News!