Pedido de repactuação da VCC ainda aguarda análise na prefeitura de Castro

Pedido de repactuação da VCC ainda aguarda análise na prefeitura de Castro

Luana Dias

Ainda não há resposta formal da prefeitura do município para os pedidos de repactuação de contrato e de deferimento de subsídio, protocolados pela Viação Cidade de Castro (VCC) junto ao órgão no mês passado, depois que os funcionários da empresa entraram em greve. De acordo com informações confirmadas antes de o final de semana pelo advogado da VCC, Marcos Müller Cwiertnia, os documentos ainda estariam em análise.

O que permitiu que a empresa pagasse parte dos atrasados aos funcionários, colocando fim à greve, foram pagamentos feitos pela prefeitura à VCC, como de vale-transporte, por exemplo. A manutenção da atividade, porém, ainda é um desafio para a empresa, que enfrenta as mesmas dificuldades de companhias que operam o transporte coletivo em outras cidades do Estado. “Estamos tentando, mas a formação de caixa de hoje é conforme funciona a empresa, e para fazer o caixa a empresa tem que estar trabalhando, mas não mudou a situação delicada que já estávamos enfrentando”, destacou o advogado.

A reportagem também conversou com o setor de Procuradoria do município, segundo o qual, a prefeitura também aguarda documentos solicitados à empresa para que proceda com a análise dos pedidos de repactuação e subsídio. De acordo com a Procuradoria, uma Comissão Especial de Transporte Público aguarda a apresentação de notas fiscais e detalhamento sobre as variações de custos da VCC.

Segundo advogado da empresa, porém, até no momento da entrevista, a VCC não havia recebido nenhum pedido de documento por parte da prefeitura.

Relembre

Insatisfeitos com parcelamentos no pagamento de salário e descumprimento de acordos feitos em 2020, trabalhadores da empresa de transporte coletivo de Castro, Viação Cidade de Castro (VCC) ficaram mais de 10 dias em greve no mês de março.

Na época a reportagem conversou com om advogado da empresa, que revelou existir uma complexa crise no sistema. Marcos afirmou que a manutenção da atividade no atual modelo vinha se tornando insustentável para a empresa e que existe um desiquilíbrio contratual. “A empresa vem tendo dificuldade na atividade porque tudo mudou, contribuindo para que o número de passageiros diminuísse muito de alguns anos para cá, só entre o ano passado e este, desde o início da pandemia, reduziu em 60% o número de passageiros da VCC. E essa é uma realidade de muitas cidades, porém, nas outras cidades o sistema é deficitário, mas tem auxílio do poder público, ou é inteiro gerido pelo poder público. Aqui não se tem subsídio nenhum, depende exclusivamente do valor da tarifa, que foi definido no contrato e que prevê vários gastos, como diesel, pneus, salário dos funcionários, depreciação, entre outros, acaba que a conta não fecha e que a empresa vem tendo que injetar dinheiro para manter a atividade, para poder cumprir o contrato, porque se deixar de prestar o serviço terá que pagar multas, e a população será ainda mais prejudicada”, destacou na época.

Tais fatores é que teriam motivado os pedidos de repactuação de contrato e de deferimento de subsídio.

Foto: Divulgação

Redação Página 1

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