Renato de Oliveira
Especial Página Um News
Aberta na quinta-feira ( 2), na Casa da Cultura Emília Erichsen, a exposição ‘Memorias Escritas – 222 anos da Congregação Cavanis”. Ela faz referência a Congregação das Escolas de Caridade – Instituto Cavanis -, criada em 1.800 por intuição e no coração de dois irmãos italianos, nascidos na região de Veneza, padre Marcos e Antônio Cavanis. Eles fundaram a primeira escola em maio de 1.802 e na sequência outras obras educacionais, hoje espalhadas pelo Brasil e no Equador, Bolívia, Filipinas, República Democrática do Congo, Romênia, Moçambique, Timor Leste.
A mostra segue aberta ao público até dia 30 de maio.
A exposição, organizada pela Casa da Criança e do Adolescente padre Marcelo Quillici, tem a participação de alunos entre 6 a 9 anos e reúne 74 integrantes. A montagem dessa mostra teve a participação efetiva de César Russel, oficineiro de artes plásticas, que auxilia nos trabalhos da entidade .
“A mostra foi montada utilizando todo tipo de adereços, botões, alfinetes, cartelas usadas de bingo, máscaras carnavalescas, pinturas em degradê, como também 100 unidades de expositores de DVD, entre outros materiais”, explicou César.
Ele conta que o pai dos fundadores da Congregação, Conde Giovanni, tinha o hábito de escrever sobre sua família, algumas curiosidades, como data de nascimento. Também nesta mostra está retratada a participação da Irmã Elza Brezzi, fundadora do Centro de Educação Infantil Irmãs Cavanis.
“Em uma das telas, aparece um garfo. Irmã Elza, através de exemplos inseria o aprendizado de novas línguas, como o italiano. Durante as refeições na creche, escrevia num papel ao lado do prato, a palavra garfo em português e a grafia também em italiano, e assim fazia com outros objetos do cotidiano das crianças que iam descobrindo esses objetos em outras línguas”, acentuou.
De outro lado, garrafas que estão expostas, na próxima semana irão ganhar tirinhas e canetas.
“A intenção é que os visitantes registrem suas impressões. E isto será reaproveitado para a próxima exposição que pretendemos montar em outubro, mês dedicado ao Dia das crianças. Vamos resgatar brincadeiras lúdicas como, jogo de bolinha de gude, pular corda e outras brincadeiras que já não fazem parte do cotidiano dessas crianças “, ressaltou.
Ao falar sobre o envolvimento das crianças nesta exposição, mostrou-se uma surpresa: “Surpreendente, seria a palavra. Notável o nível de comprometimento e o crescimento dessas crianças, neste contato com as artes”, descreveu César Russel.
Visita dos pais
Já com relação a própria exposição, Russel foi enfático. “Espero a visitação lá na Casa da Cultura, dos pais, irmãos, tios, da família dessas crianças que tem seus trabalhos nesta mostra. Vai ser lindo ver seus nomes na lista do livro de visitação. E isto, com certeza, fará diferença a essas mesmas crianças, quando forem mais adultas”, assinalou.
Fotos: Renato de Oliveira e César Russel