Detentos da unidade prisional de Castro recebem a oportunidade de confissão
Da Redação
A direção da Cadeia Pública de Castro, em parceria com a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, deu início a novo projeto na unidade na manhã desta segunda-feira (28). Padre Cristiano Marcos Rodrigues, responsável pelo sacramento da confissão e o membro da Igreja Católica, Valdir Machado, também deram apoio ao momento cristão.
Os reeducandos da Cadeia Pública tiveram a oportunidade de ouvir a palavra de Deus, conhecer o sacramento da Confissão, conversar a sós com padre Cristiano e até mesmo realizar a confissão. O momento da fé cristã aconteceu às 10 horas e seguiu até às 11h30. Segundo Elerson de Lima, diretor da unidade prisional, 24 custodiados compareceram ao ato, e dez aceitaram a confissão.
Para Elerson, muitos dos detentos encararam falsa a ilusão de felicidade quando cometeram os delitos. “Tenho visto várias pessoas que só se dão conta dos seus erros e caem em si quando estão privadas de liberdade, pois a ‘vida loka’, regada de todos os extremos, dá uma falsa ilusão de felicidade interminável. Aos serem encarcerados sem os ‘amigos’ ou ‘parceiros’, e muitas vezes sem apoio familiar, os custodiados que querem uma segunda chance buscam forças em algo maior, em Deus. Estes são ensinados que é independente a ‘justiça do céu’, da ‘justiça dos homens’, e que o Filho de Deus morreu em uma cruz, por todos os homens, inclusive aos que cometeram crimes”, explica o diretor.
“O custodiado acredita, tem fé, que algo maior, o Deus Pai, criador de todas as coisas, o perdoou pelos seus erros e o está ajudando a superar esse momento difícil. Desta forma, os privados de liberdade não se sentem mais sozinhos, conseguem assim, forças e auxílios para mudar suas condutas e voltar de forma harmônica para a sociedade. Muitos, de fato, se encontram com Deus após o encarceramento.
A assistência religiosa é um direito do preso”, continuou Elerson, acrescentando que “mas não só isso, é um instrumento poderoso de ressocialização e transformação social”.
Padre Cristiano utilizou trecho bíblico “estive preso e vieste me visitar” (Mt 25, 36), para expressar a missão. “A experiência nas visitas à cadeia possibilita entrar em contato com realidade diferente, e sobre tudo nos ajuda na vida pastoral e ministerial ir ao encontro de todas as realidades humanas. É buscar ser presença e sinal da Igreja, todo processo evangelizador envolve a promoção humana”, finalizou o padre.
Agradecimento
A Cadeia Pública de Castro agradeceu aos que arriscam as suas vidas para levar palavra de fé, conforto e esperança aos que estão temporariamente privados de liberdade.
