Aeródromo de Castro estará fechado pela prefeitura para manutenção durante o Agroleite

Aeródromo de Castro estará fechado pela prefeitura para manutenção durante o Agroleite

Sandro Adriano Carrilho

O maior evento da cadeia do leite da América Latina, o Agroleite, não terá pista para descidas e decolagens de aeronaves durante o período de sua realização (8 a 11 de agosto), porque a Prefeitura decidiu fechar o Aeródromo de Castro para manutenção entre 31 de julho a 16 de agosto.

Pelo menos é o que consta no NOTAM, ou Notice to Airman que é uma mensagem que tem por finalidade divulgar alterações que possam ter impacto nas operações aéreas, como por exemplo, a indisponibilidade de um determinado auxílio à navegação aérea, uma pista que esteja interditada, o fechamento de uma porção do espaço aéreo, etc. No Brasil, a divulgação dos NOTAM é feita pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do sistema AISWEB.

O fato surpreende por que o aeródromo de Castro, mesmo com a pista ainda não estando atualizada no ROTAER como pavimentada – até hoje consta como sendo de ‘terra’ -, tem pousado jatos executivos com frequência, o que aconteceria no período do Agroleite com a vinda do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, além de ex-ministros, senadores, deputados federais e estaduais, agricultores e pecuaristas do Brasil e do exterior.

Sem explicação

A Prefeitura de Castro foi procurada através de sua assessoria, mas até o fechamento desta reportagem não explicou o que seria essa manutenção, do porque realizar obras agora, inclusive nas datas do Agroleite, período onde mais aeronaves aterrissam e decolam. Quanto a classificação como aeródromo, existe porque o local não oferece infraestrutura mínima, adequada, para atender passageiros e aeronavegantes (militar ou civil que exerce função específica a bordo de aeronaves).

Histórico

O governador da época, Beto Richa, foi quem concluiu o asfalto do aeródromo, isso na terceira gestão do prefeito Reinaldo Cardoso. Não demorou, o Governo do Paraná passou todos os aeroportos estaduais para os municípios e nessa leva o de Castro também foi transferido, só que o prefeito da época era Moacyr Elias Fadel Junior.

Com o aeródromo sendo municipal, a obrigação de regularizar a situação da pista e sua manutenção coube ao próprio município. Inclusive, quando Moacyr assumiu, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) chegou a notificar o município quanto as irregularidades, uma delas era a pintura da pista e pátio de estacionamento de aeronaves, e outra era a terraplanagem. Moacyr chegou a fazer a licitação, mas não concluiu o processo que seria regularizar a pista e ela constar no ROTAER de forma adequada. Até hoje a irregularidade não foi resolvida.

É de se destacar que, além de Ponta Grossa, o aeroporto mais próximo do município de Castro é o de Telêmaco Borba, que recebe voos regulares. A pista do aeródromo de Castro mede 1.402 por 30 metros, e recebe aviões a pistão, turboélice e a jato, e não possui restrição à receber aviação executiva e táxi aéreo. Paraquedistas também usam a pista, assim como o serviço aeromédico.

Documento mostra que pista de Aeródromo de Castro é considerada de ‘terra’ e que estará fechada de ’31 de julho a 16 de agosto’

Imagens: João Paulo Cobe

Fonte de informação: NOTAM e arquivo jornal Página Um

Redação Página 1

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